O acordo firmado durante a Cúpula de Presidentes do Mercosul (Mercado Comum do Sul) na cidade argentina de Porto Iguazú, foi divulgado por Chávez na saída da reunião com o presidente argentino, dia 7. "Assinamos a data de nascimento da Petrosul, integração energética de nossas duas nações. Temos que aproveitar o potencial energético da América Latina", disse Chávez.

Para o presidente venezuelano o acordo é um marco histórico e estratégico que avança sem pressa e sem pausa. "Se trata de uma nova maneira de integração, política, econômica e humana", ressaltou.

A integração energética entre os dois países ocorre após um acordo de cooperação estabelecido entre os governos para salvar a crise energética argentina. Em contrapartida, foram enviados alimentos à Venezuela. O embaixador venezuelano na Argentina, Freddy Balzán, disse que 50 por cento do óleo diesel acordado entre os países já desembarcaram nos portos da Argentina.

Mais do que estreitar relações comerciais entre os dois países, a Petrosul pode significar um primeiro passo à formação da maior empresa energética do continente, com a inclusão das estatais petroleiras de Bolívia, Brasil e Equador.

"Argentina, Brasil e Venezuela estão se levantando. Temos que aproveitar essa força para avançar a integração", afirmou Chávez, que indicou que após cinco anos de espera, a Venezuela deverá ser incluída no grupo de países associados do Mercosul.

"CNN latinoamericana"

O presidente venezuelano que enfrenta uma batalha com os meios de comunicação privados de seu país, informou que assinará um acordo de cooperação entre os televisoras estatais, Canal 7 da Argentina e Canal 8 (VTV) da Venezuela. "Será a futura CNN de Latinoamérica”, ironizou.

"É um passo para a liberdade comunicacional. Temos que romper com a hegemonia das grandes cadeias mundiais de televisão". Para Chávez, este é o caminho para a consolidação de uma televisão sulamericana, "vital para informar nossos povos sobre nossas realidades".
Chávez sinalizou que em outubro fará uma viagem à China para ampliar a integração sul-sul. "Temos relações profundas com a China e temos avançado o que nunca se avançou no século 20", disse.