As Forças de Defesa israelenses (Tsahal-ndT) lançaram, em 4 de Dezembro, uma operação de destruição dos túneis escavados pelo Hezbolla libanês na no man’s land (terra de ninguém- ndT) instalada pelas Nações Unidas entre os dois países (Operação «Escudo do Norte»).

Por quatro anos, o Hezbolla vem construindo túneis nesta área e se preparando para passar por debaixo da fronteira em caso de ataque israelense, de maneira a ser capaz de retaliar contra o Estado hebreu.

O Tsahal (FDI) tem agora sonares de detecção de túneis, um equipamento de que, até ao momento, apenas o Exército chinês dispunha mas que os israelenses desenvolveram contra o Hamas, na fronteira de Gaza.

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) é composta por militares de uns 40 países. Alguns têm apenas um observador, enquanto outros, como a Espanha, a França, o Gana, a Índia, a Indonésia, a Itália, a Malásia e o Nepal, têm mais de 500 soldados. Uma parte dos oficiais da FINUL está ligada com Israel, outra ao Hezbolla.

A 30 de Novembro, o Hezbolla havia transmitido um vídeo legendado em hebraico. Ele indicava que em caso de guerra desencadeada por Israel atacaria vários alvos, tal como usinas (fábricas-pt) de produtos químicos, a Kirya (Chefia de Estado-Maior) ou ainda a usina nuclear de Dimona. O vídeo terminava com a mensagem «Se ousarem atacar, vocês irão se arrepender!». Sem qualquer referência a túneis, já que agora o Hezbolla dispõe de mísseis sem comparação com os que possuía aquando da guerra de 2006. Israel continua a se referir aos soldados do Hezbolla como «terroristas», enquanto o que antes era uma rede da Resistência ao ocupante se tornou, especialmente durante a guerra na Síria, um verdadeiro exército regular, entre os melhores do Oriente Médio.

Segundo os Serviços de Inteligência israelenses, o Irã (Irão-pt) teria acabado de entregar equipamentos militares sofisticados ao Hezbolla por meio de um avião civil, em Beirute. Teria sido a primeira operação desse tipo desde há vários anos.

Como, desde há dois meses, conselheiros militares iranianos e as milícias apoiadas pelo Irã se estão retirando da Síria e do Iraque, Israel teme que esse dispositivo seja, em breve, recolocado no Líbano.

Tradução
Alva