Oscar Niemeyer, Frei Betto, Fernando Moraes e Leonardo Boff assinaram um manifesto apoiado por mais de três mil intelectuais de todo o mundo que pede aos Estados Unidos a libertação de cinco cubanos presos no país, depois da anulação do julgamento que os condenou.

Esses intelectuais somaram suas assinaturas à iniciativa lançada por vários ganhadores de prêmios Nobel, como o português José Saramago (Literatura), o argentino Adolfo Pérez Esquivel (Paz), a guatemalteca Rigoberta Menchú (Paz) e os sul-africanos Nadine Gordimer (Literatura) e Desmond Tutu (Paz).

A imprensa local informou nesta sexta (9) que são mais de três mil artistas, cientistas, jornalistas e escritores que aderiram à proposta lançada publicamente em Havana no mês passado. A carta, dirigida ao Procurador Geral dos Estados Unidos, Alberto Gonzáles, pede a "libertação imediata" dos cubanos condenados em 2001 a duras penas pela acusação de espionagem, o que é negado por Havana.

Os cubanos que estão no centro dessa polêmica são Antonio Guerrero, Ramón Labañino, René González, Fernando González e Gerardo Hernández, que tiveram seus julgamentos anulados em 9 de agosto por uma Corte de Atlanta, que fez objeções às condições dos julgamentos em Miami, centro anticastrista.

"Nada justifica que permaneçam na prisão (...). Pedimos sua libertação imediata", diz a carta. Noam Chomsky, Harry Belafonte, os escritores uruguaios Mario Benedetti e Eduardo Galeano, a líder argentina das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, o ator francês Gerard Depardieu e os cantores espanhóis Joan Manuel Serrat e Joaquín Sabina também deram seu apoio à iniciativa.

O texto foi assinado também pelos cantores cubanos Silvio Rodríguez e Pablo Milánes, pelo argentino Víctor Heredia, pelo uruguaio Daniel Viglietti e pelo franco-espanhol Manu Chao.