O presidente da Venezuela afirmou que, em 28 de outubro, o território de seu país vai estar livre do analfabetismo graças à colaboração de Cuba. "Uma questão de 200 anos foi erradicada em um ano e meio", ressalta. Ele destacou que, antes de fazer estradas e gasodutos, os governantes deveriam resolver o problema do analfabetismo.

Hugo Chávez sugeriu um plano latino-americano para o tratamento da saúde também com parceria de Cuba. "A doença dos pobres não tem cor política", acentua. De acordo com ele, o governo venezuelano poderá ajudar a região a desenvolver a medicina gratuita. Chávez disse que Cuba também poderia auxiliar. "Não falei com Fidel Castro mas tenho certeza de que Cuba já ajuda muitos países e poderia nos ajudar nisso."

Chávez ressaltou a parceria entre Venezuela e o governo cubano nesta área: um plano para capacitar, entre 2005 a 2015, 200 mil médicos sul-americanos. "Sobretudo medicina social integral. Não essa medicina do capitalismo que atende a quem tem dinheiro."

Um Banco de Desenvolvimento do Sul também foi sugerido por ele. "Não é como os que já existem. É mais. Venezuela propõe uma comissão técnica com coordenação com os Bancos Centrais. Não me digam que é impossível, pelo amor de Deus, porque é só uma decisão política. Parece uma estupidez que a maior parte das nossas reservas estejam em bancos do Norte", afirmou.

Chávez também reclamou do nome dado ao encontro e sugeriu outro: União Sul-Americana (Unasul). De acordo com ele, a escolha do nome deveria ser um dos focos principais do encontro. "Anunciamos como projeto a união sul-americana, como um sonho de 200 anos. Mas o nome não foi debatido e é muito importante. O Brasil chama de Casa. Propomos o Unasul - União Sul-Americana", disse.