No dia 23, foram concluídos em Caracas os planos de ajuste da nova emissora durante uma oficina que teve a participação de 12 correspondentes que o canal terá na Argentina, Cuba, Brasil, México, Estados Unidos, Colômbia, Bolívia e Haiti.

No ato de apresentação dos correspondentes, o presidente do canal, Andréz Izarra, assegurou que a ofensiva dos meios de comunicação hegemônicos não deteve o projeto nem prejudicou também o contato com as distribuidoras de sinal, que mostraram grande disposição em retransmitir a Telesul pela América Latina.

Izarra informou também que a demanda pelo sinal do novo canal multiestatal - considerado um instrumento dos processos de integração da região - transcendeu a América Latina e há solicitações da Ásia e Europa, que estão sendo analisadas. Segundo a opinião do diretor da Telesul, Aram Arahonian, as críticas ao canal originam-se em setores opostos aos processos de integração no continente e defendem o monopólio da informação.

Concebida como uma empresa conjunta de Venezuela, Argentina, Cuba e Uruguai - sendo que outros países poderão se somar -, a Telesul prioriza a difusão e a defesa da diversidade cultural e a divulgação de uma visão própria dos acontecimentos noticiosos.

Em uma primeira etapa, os segmentos informativos preencherão 60% das transmissões que terão também documentários e filmes produzidos na região. Desde 24 de julho, o canal começou a transmitir seu sinal como promoção para as distribuidoras de sinais por cabo, sistemas abertos e também pela internet enquanto estruturava sue rede de correspondentes e colaboradores.

A multiestatal Telesul é um dos projetos de integração impulsionados pelo governo do presidente Hugo Chávez, que propõe um misto de cooperação e complementaridade econômica a partir de um enfoque social. O projeto encampado por Chávez, a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), inclui ações para a defesa da diversidade cultura da região, entre as quais a Telesul recebe atenção especial.