A tentativa direta de transformar o fracasso da Conferência das Américas, num êxito qualquer, por menor que seja, junto ao governante do maior país latino americano. A passagem meteórica por Brasília foi só isso. Comercial para o distinto público de seu país.

“ALCA al carajo”

Os meios de comunicação tentaram transformar a presença do presidente Hugo Chávez na Cúpula dos Povos em algo grotesco, em farsa populista. Não entendem de povo, mas entendem muito bem desse negócio de populismo.

Lula inventou o neoliberalismo populista com esse mundo de bolsa isso, bolsa aquilo, desde que na hora da inscrição o título eleitoral esteja à mão. Já a reforma agrária, essa a MONSANTO tomou conta do mercado.

O pedido feito a George Bush para aliviar nos subsídios aos produtos agrícolas mostra só a subserviência ao modelo e transfere a decisão, já que a Europa entra de sola no assunto, para a OMC (Organização Mundial do Comércio). Uma espécie de reunião dos poderosos chefões. Máfia das máfias.

Aa colaboração estreita no combate ao “terrorismo”, essa vai de vento em popa.

Há uma ação orquestrada em todo a América Latina no sentido de impor um cerco Chávez, num primeiro momento e controlar, um segundo momento, situações consideradas no mínimo complicadas, tudo com objetivo final da recolonização, já que a ALCA (Associação de Livre Comércio das Américas) não está sendo emplacada.

Conta com governos corruptos e controlados, como o de Uribe na Colômbia, de Fox no México e a falsa esperteza de Lula, que acha que dá nó em pingo d’água ou desentorta banana.

As eleições na Bolívia foram adiadas no momento em que Evo Morales, líder cocaleiro e integrante da Via Campesina, era o principal favorito, com vitória consolidada.

Alberto Fujimori, amigo de FHC, ditador peruano, ameaça voltar ao seu país e sabe que sua simples presença no Chile cria instabilidade política no Peru.

A compra do governo paraguaio e a base pretendida naquele país. O controle do governo do Equador. Todo o arsenal para um cerco aos movimentos populares na América Latina. O processo eleitoral no Haiti deve ter se inspirado no ideal de Ariel Sharon sobre eleições: só podem concorrer os que são servis. O Hamas, segundo maior partido político palestino não.

Lula com Bush lembra aquela história segundo a qual os gordos gostam de sair com magros, ou mulher feia com mulher bonita, na presunção de serem visto magros e bonitas.

Lula devia ter pedido ao americano para apitar a partida de futebol do Torto. Aí nem Groucho Marx iria superar a dupla.

Mas, em papéis ridículos. Sem talento.