O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou, este sábado, o estado de alerta para as Forças Armadas que estão no centro do país, depois de vários ataques de grupos neo-nazis que operam sob ordens de Kiev contra a Rússia.

A notícia foi divulgada pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, detalhando que a ordem presidencial foi emitida às 07h00 GMT.

Esta medida foi tomada um dia após o relatório do Ministério da Defesa russo ter informado que os seus militares estão preparados para entrar nas partes orientais da Ucrânia, a fim de «colocar barreiras entre a população civil e o Exército ucraniano» [1].

"Seguindo as suas ordens (de Putin), desde as onze da manhã, hora de Moscovo(Moscou-Br), as tropas do Distrito Militar Central, assim como as formações e unidades situadas no seu território, foram colocadas em estado de alerta", assegurou Shoigu .

O funcionário russo explicou, além disso, que o Exército russo está em alerta de combate, depois de Putin ter ordenado o início de exercícios militares não programados, de uma semana de duração, a partir do dia de hoje.

Pelo seu lado, o chefe de Estado-maior da Rússia, Valery Gerasimov, anunciou que nas mencionadas manobras participarão mais de 65.000 soldados, 180 aviões e uns 60 helicópteros.

Esta decisão do Kremlin foi tomada depois de um ataque de morteiro, a partir de solo ucraniano, contra o posto de controlo russo de Novoshajtinsk [2], no sudoeste da Rússia, incidente em que um funcionário da alfândega ficou ferido.

O gabinete do chefe de Estado russo exigiu, igualmente, ao Governo ucraniano que reconheça a responsabilidade por este incidente e peça desculpas pelos eventos registados, mas Kiev insiste em negá-los [3].

Tradução
Alva

Fonte: HispanTV / Red Voltaire, 21 de Junio de 2014.

[1Regime de Kiev bombardeia populações no leste da Ucrânia”, Traduction Alva, Rede Voltaire, 5 de Junho de 2014.

[2«Rusia preocupada por el auge de la ideología nazi en Ucrania», Red Voltaire , 23 de mayo de 2014.

[3Ucrânia: o que aconteceu em Odessa?”, Traduction Alva, Rede Voltaire, 9 de Maio de 2014.