Meus concidadãos americanos – esta noite eu quero falar a vocês sobre o que os Estados Unidos vão fazer juntamente com nossos amigos e aliados para degradar e, em última instância, destruir o grupo terrorista conhecido como EI.
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(…) Neste momento, as maiores ameaças advêm do Oriente Médio e do Norte da África, onde grupos radicais exploram ressentimentos para sua própria vantagem. E um desses grupos é o EI – que se autodenomina de “Estado Islâmico”.
Pois bem, vamos deixar duas coisas claras: o EI não é "islâmico". Nenhuma religião tolera a matança de inocentes, e a grande maioria das vítimas do EI tem sido de muçulmanos. E o EI certamente não é um Estado. Antigamente, era afiliada da Al Qaeda no Iraque, e se aproveitou da luta sectária e da guerra civil da Síria para ganhar território em ambos os lados da fronteira entre o Iraque e a Síria. Não é reconhecido por nenhum governo, nem pelo povo que subjuga. O EI é uma organização terrorista, pura e simplesmente. E não possui nenhuma visão que não seja o massacre de todos os que se encontram em seu caminho.
Em uma região que tem passado por tanto derramamento de sangue, esses terroristas são únicos em sua brutalidade. Eles executam prisioneiros capturados. Eles matam crianças. Eles escravizam, estupram e forçam mulheres a se casar. Eles ameaçam de genocídio uma minoria religiosa. Em atos de barbárie, eles tiraram a vida de dois jornalistas americanos – Jim Foley e Steven Sotloff.
Portanto, o EI representa uma ameaça para o povo do Iraque e da Síria, e todo o Oriente Médio, incluindo instalações, funcionários e cidadãos americanos. Se não forem controlados, esses terroristas poderão representar uma ameaça crescente para além dessa região – inclusive para os Estados Unidos. (...)
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Mas esta não é somente uma luta nossa. O poderio americano pode fazer uma diferença decisiva, mas não podemos fazer pelos iraquianos aquilo que eles devem fazer por si mesmos, nem podemos tomar o lugar dos parceiros árabes de garantir a segurança da região. É por isso que tenho insistido que a ação adicional dos EUA esteja dependente da formação, por parte dos iraquianos, de um governo inclusivo, que eles têm realizado nos últimos dias. Portanto, esta noite, com um novo governo iraquiano em vigor, e após consultas aos aliados no exterior e ao Congresso em nosso país, posso anunciar que os Estados Unidos liderarão uma ampla coalizão visando reverter essa ameaça terrorista.
Nosso objetivo é claro: vamos degradar e, em última instância, destruir o EI através de uma estratégia abrangente e sustentável de contraterrorismo.
Em primeiro lugar, conduziremos uma campanha sistemática de ataques aéreos contra esses terroristas. (...)
Em segundo lugar, aumentaremos o nosso apoio às forças militares que combatem esses terroristas em solo. (...)
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Em terceiro lugar, continuaremos a aproveitar de nossas capacidades substanciais de contraterrorismo para evitar ataques do EI. (...)
Em quarto lugar, continuaremos a prestar assistência humanitária a civis inocentes que foram deslocados por essa organização terrorista. (...)
Portanto, esta é nossa estratégia. E em cada uma dessas quatro partes de nossa estratégia, os Estados Unidos se unirão a uma ampla coalizão de aliados. Os aliados já têm aviões sobrevoando o Iraque conosco; estão enviando armamentos e assistência às forças de segurança iraquianas e à oposição síria; estão compartilhando inteligência; e fornecendo bilhões de dólares em ajuda humanitária. O secretário Kerry esteve no Iraque hoje se reunindo com o novo governo e apoiando seus esforços para promover a união. E nos próximos dias ele viajará para o Oriente Médio e a Europa para envolver mais aliados nessa luta, especialmente nações árabes que podem mobilizar comunidades sunitas no Iraque e na Síria para retirar esses terroristas de suas terras. Esta é a liderança americana em sua melhor forma: apoiamos os povos que lutam por sua própria liberdade, e reunimos outras nações em nome de nossa segurança comum e humanidade comum.
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Pois bem, para erradicar um câncer como o EI levará tempo. E cada vez que realizamos uma ação militar, há riscos envolvidos – especialmente aos homens e mulheres militares que realizam essas missões. Mas eu quero que o povo americano entenda que esse esforço será diferente das guerras no Iraque e no Afeganistão. Ele não envolverá tropas de combate americanas lutando em solo estrangeiro. Essa campanha de contraterrorismo será travada através de um esforço constante e incansável para eliminar o EI onde quer que ele exista, usando nosso poder aéreo e o apoio de forças aliadas em solo. Essa estratégia para erradicar terroristas que nos ameaçam, enquanto apoiamos os aliados nas linhas de frente, é uma que realizamos com sucesso no Iêmen e na Somália há anos. E está em conformidade com a abordagem que eu delineei no início deste ano: usar a força contra qualquer um que ameace os principais interesses dos Estados Unidos, mas mobilizar os aliados sempre que possível para enfrentar os desafios mais amplos à ordem internacional.
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Quando ajudamos a prevenir o massacre de civis presos em uma montanha distante, eis o que um deles disse: “Devemos nossas vidas aos nossos amigos americanos. Nossos filhos sempre lembrarão que alguém sentiu nossa luta e fez uma longa viagem para proteger pessoas inocentes.”
Essa é a diferença que fazemos no mundo. E nossa própria proteção, nossa própria segurança, depende de nossa disposição em fazer o que for necessário para defender esta nação e preservar os valores que defendemos – ideais eternos que persistirão muito após aqueles que oferecerem apenas ódio e destruição forem eliminados da Terra.
Que Deus abençoe nossos soldados e que Deus abençoe os Estados Unidos da América.
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