Um acordo secreto foi concluído entre o Exército Árabe Sírio, a Rússia, os Estados Unidos e as Unidades de Proteção das forças curdas do povo para coordenar a sua acção contra o Daesh(E.I.) em Rakka.

A informação foi inicialmente publicada pela agência de notícias do Catar, Al-modon, a 23 de Julho de 2017, depois desmentida, depois novamente retomada pelo The Independent (Londres) [1].

No início da guerra contra a Síria, de 2011 a 2014, as milícias curdas batiam-se ao lado do Exército Árabe Sírio. No entanto, assim que ---a 31 de Outubro 2014--- a França e a Turquia assumiram o compromisso de criar um Estado curdo na Síria (onde os curdos só estão maciçamente presentes a partir dos anos 80) e de para lá expulsar os curdos do Curdistão Turco, uma parte destas milícias virou para o lado da OTAN. Só então é que Damasco parou de pagar os salários destes milícianos e de os aprovisionar em armas. Estas milícias apenas se viraram de novo para a Síria quando a Turquia começou o massacre dos seus curdos e o Presidente norte-americano, Donald Trump, impulsionou novos objectivos ao seu exército.

O acordo sobre Rakka é o segundo do ano. Segue ao de Manbij / Al-Bab em que os territórios libertados da ocupação turca pelos curdos foram devolvidos a Damasco.

Tradução
Alva

[1Secret Russian-Kurdish-Syrian military cooperation is happening in Syria’s eastern desert” («Cooperação militar secreta Russa-Curda-Síria vigora no deserto leste da Síria»- ndT), Robert Fisk, The Independent, July 24, 2017.