As YPG apresentam-se como uma organização política síria ligada ao PKK turco. No entanto, a maioria dos seus dirigentes não são sírios, mas, sim turcos, levando a pensar que as YPG são o ramo sírio do PKK.

Durante a Guerra Fria, o PKK era um partido revolucionário, ligado à União Soviética. Ele conduziu uma luta armada contra a ditadura turca pelo reconhecimento da cultura curda. No entanto, o PKK desmoronou-se progressivamente a partir da prisão do seu Chefe, Abdullah Öcallan, em 1999. Segundo o antigo Chefe do Estado-Maior turco, o General İlker Başbuğ, ele foi, então, infiltrado pelos Estados Unidos que deslocaram a sua sede para a Dinamarca. O Partido mudou então totalmente a sua doutrina. Abandonou o marxismo-leninismo pelo anarquismo segundo Murray Bookchin. A sede do PKK renovado voltou, na clandestinidade, para a Turquia, em 2005.

O PKK foi progressivamente derivando. De acções contra o Estado turco, durante a Guerra Fria, tornou-se no século XXI uma simples organização terrorista que ataca civis.

No contexto da guerra contra a Síria, as YPG foram criadas, em 2011, pelos Estados Unidos para derrubar a República Árabe Síria. Desde a sua fundação, a França e a Alemanha apoiaram-nas maciçamente tendo em vista criar um Estado curdo nas terras assírias e árabes, de acordo com o projecto de Leon Blum e Chaim Weizmann em 1936.

O PKK é considerado uma organização terrorista pela Austrália, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, União Europeia e Turquia (isto é, pela OTAN e pelos «Cinco Olhos»). Esta classificação não mudou com o desaparecimento da URSS. Logicamente, as YPG deverão também ser consideradas como terroristas mas, em geral, não é o caso, salvo na Turquia.

Tradução
Alva