Uma fonte russa e uma fonte ucraniana garantem-nos que soldados franceses do Comando de Operações Especiais estão actualmente em Mariupol (Ucrânia) ao lado do Regimento Azov.

A France-Télévision, que até agora negava o carácter ideológico do Regimento Azov, emitiu, em 31 de Março de 2022, no telejornal da France 2 uma reportagem sobre esta formação. A televisão pública admitiu que ele tinha sido, em 2014, infiltrado por elementos neo-nazis, citando um de seus fundadores, Andriy Biletsky, mas garantiu que desde aí tinha mudado para se tornar uma força da Defesa respeitável. A France-2 não citou um dos seus outros fundadores, Dmytro Yarosh, transformado em Conselheiro especial do Chefe das Forças Armadas ucranianas. Ela evocou um antigo relatório das Nações Unidas dando conta de torturas, mas não a descoberta das suas prisões especiais pelo Exército russo, nem as declarações recentes da ONU sobre o assunto. Também não explicou o que são banderistas na história ucraniana e reduziu o estatuto dos neo-nazis ao porte da cruz gamada. Tendo assim escamoteado o problema, estimou o perigo entre 3. 000 e 5. 000 homens, enquanto a agência Reuters garante que os paramilitares banderistas representam hoje em dia 102. 000 homens divididos por numerosas milícias incorporadas no seio da Defesa Territorial.

Segundo o quotidiano L’Opinion, o General Éric Vidaud, Director da Inteligência Militar, foi demitido em 29 de Março de 2022. Ora, Éric Vidaud é o antigo Comandante das Operações Especiais.

Em 30 de Março, cinco helicópteros ucranianos tentaram fugir de Mariupol, o reduto do Regimento Azov. Dois foram abatidos. Os sobreviventes foram feitos prisioneiros pelo Exército russo. Falaram logo a seguir.

Os soldados do Comando de Operações Especiais estão colocados para todas as questões logísticas sob as ordens do Chefe do Estado-Maior do Exército, o General Thierry Burkhard, mas recebem suas ordens directamente do Chefe das Forças Armadas, o Presidente Emmanuel Macron.

Tradução
Alva