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República Islâmica do Irão

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Desde há dois meses, a Administração do presidente eleito, Joe Biden, discute secretamente em Nova Iorque com emissários iranianos do governo do Xeque Hassan Rouhani.
Ora, nós lembra-mo-nos que quando a Administração do presidente eleito Donald Trump falava com o embaixador da Rússia em Washington antes da investidura, ela incorreu no processo Russiagate. Mas lá está, aqui também há «dois pesos e duas medidas».
Em 9 de Janeiro de 2021, o Guia Supremo, o Aiatolla Ali Khamenei, enviou uma mensagem à (...)

Por ordem do Guia Supremo, o Aiatola Ali Khamenei, o Irão (Irã-br) anulou a importação de 150. 000 doses de vacinas anti Covid-19 que lhe haviam sido oferecidas pela comunidade iraniana nos Estados Unidos.
O Guia Supremo autorizou a importação de vacinas chinesas, russas e cubanas, mas interditou a de vacinas ocidentais, americanas, inglesas e francesas. Com efeito, durante a sua alocução televisiva de 8 de Janeiro de 2021 (consagrada à memória do General Soleimani), o Guia salientou que os Estados (...)

Se Joe Biden for entronizado presidente dos Estados Unidos, poderá vir a apoiar os projectos dos presidentes iraniano e turco. Poderá favorecer a constituição de um império regional iraniano no Levante e de um império regional turco no Cáucaso, ambos em detrimento da Rússia. Thierry Meyssan examina aqui as mudanças acontecidas no Irão.

O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, gabou-se publicamente das operações terroristas do seu país no Irão (Irã-br). Também publicamente, ele ameaçou sabotar a venda de petróleo iraniano e ameaçou o Povo iraniano de aniquilação nuclear.
Os actos terroristas, a sabotagem económica e a ameaça nuclear violam todos a Carta das Nações Unidas, mas Israel é o único Estado membro da ONU que não cumpre as regras, e isso desde há três quartos de século.
• Em 29 de Agosto de 2018, ele falava em Dimona, o (...)

Uma arma nova foi usada no início de Julho contra 7 navios iranianos no Golfo Pérsico , depois em 4 de Agosto no porto de Beirute.
Nos oito casos, a nuvem de fumo (fumaça-br) não tinha nada a ver com as habitualmente observadas em explosões convencionais, antes formava um cogumelo como durante as explosões atómicas.
Em Beirute, a explosão fez tremer a Terra num raio de 200 quilómetros, com uma magnitude de 3,5 na escala de Richter, segundo o Centro Alemão de Geociência (GFZ). Foi essa vibração (...)
As contradições do Irão moderno (2/2)
O Irão, de anti-imperialista torna-se imperialista
Thierry Meyssan

Prosseguindo o seu estudo do Irão contemporâneo, Thierry Meyssan mostra como Teerão mais uma vez abandonou o ideal anti-imperialista da revolução de 1979 para regressar à sua política imperial. Este artigo, tal como o anterior, apresenta muitos elementos pouco conhecidos. Ele avança apresentando uma hipótese surpreendente.
As contradições do Irão moderno (1/2)
O Irão imperialista torna-se anti-imperialista
Thierry Meyssan

A história do Irão dos séculos XX e XXI não corresponde nem à imagem que os Ocidentais tem dela, nem às que os discursos oficiais dos Iranianos dela dão. Historicamente ligado à China e desde há dois séculos fascinado pelos Estados Unidos, o Irão debate-se entre a recordação do seu passado imperial e o sonho libertador de Rouhollah Khomeiny. Considerando que o xiismo não é somente uma religião, mas também uma arma política e militar, ele hesita entre proclamar-se protector de xiitas ou libertador de oprimidos. Nós publicamos um estudo de Thierry Meyssan, em duas partes, sobre o Irão moderno.

A economia libanesa afundou-se em sete meses. Os habitantes começam a padecer de fome. Uma solução é possível se analisarmos correctamente as causas do problema. Mas, é preciso aceitar reconhecer os erros e distinguir aquilo que é estrutural do que tem a ver com os problemas regionais. É inútil e maledicente acusar o inimigo tradicio-nal (Israel), ou o seu brutal aliado (os Estados Unidos), de ter causado um problema que dura há séculos e se torna por isso anacrónico. É também perigoso ignorar a evolução do actual principal aliado do Hezbolla (o Irão).

O governo iraniano anunciou, em 16 de Junho de 2020, que apoiava militarmente o Presidente al-Sarraj na Líbia, quer dizer, os Irmãos Muçulmanos.
Lembremos que o Presidente al-Sarraj foi instalado pelos Anglo-Saxões, depois reconhecido pelas Nações Unidas, que assim acreditavam acabar com os Irmãos Muçulmanos nesse país. Ele tornou-se assim de facto a única autoridade legal, a seguir revelou os seus laços com a Confraria.
Os Irmãos Muçulmanos são uma organização política secreta criada por Hassan (...)

Com a ajuda da Suíça, que jogou o papel de «terceira parte de confiança», os governos norte-americano e iraniano chegaram a um novo acordo sobre a troca dos seus respectivos prisioneiros.
Em 7 de Dezembro de 2019, a Suíça organizou uma troca de espiões no aeroporto de Zurique: o Norte-Americano Xiyue Wang contra o Iraniano Massoud Soleimani.
Em 1 de Junho de 2020, Cyrus Asgari foi libertado nos EUA e pôde regressar ao Irão. O cientista Majid Tahéri, que havia sido condenado nos EUA por razões (...)

Um acordo foi, de certeza, concluído entre Washington e Teerão para nomear um dos assassinos do General Qassem Soleimani para o cargo de Primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi.
Muito embora tenha a dupla nacionalidade britânica e iraquiana, al-Kadhimi é reputado como sendo próximo da CIA. Ele participou no Governo iraquiano no exílio, criado por Washington em torno de Ahmad Chalabi, para derrubar o Presidente Saddam Hussein. É também um próximo da Arábia Saudita, cujo Príncipe-herdeiro, (...)

Os Talibã afirmaram ter derrubado um avião e um helicóptero dos EUA no Afeganistão. O avião de tipo EAC-11A BACN teria sido utilizado pela CIA para transportar Michael D’Andrea, o chefe da sua secção «Irão» e, a este título, o responsável pelo assassinato do General iraniano Qassem Soleimani .
A imprensa árabe assegura que o tiro teria sido enquadrado por membros dos Guardas da Revolução iranianos.
Depois do CentCom ter desmentido a perda de dois aparelhos, apareceram fotos na Internet. Então, um (...)

Para além da prova de força na qual se envolvem Washington e Teerão, Thierry Meyssan põe em evidencia a mudança profunda de comportamento do Irão. Este país, outrora exigente quanto ao respeito pelo Direito Internacional, ignora-o hoje em dia, juntando-se assim aos Estados Unidos e a Israel que jamais o respeitaram.

Ao mandar assassinar no Iraque o General iraniano Qassem Soleimani, o Presidente Trump quase teria provocado a Terceira Guerra Mundial. É mais ou menos a versão da Oposição nos EUA e da imprensa internacional. Para Thierry Meyssan, aquilo que se passa nos bastidores é muito diferente do show em cena. Neste, caminhamos para uma retirada militar coordenada dos Estados Unidos e do Irão no Médio-Oriente.

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