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Federação Russa

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A estratégia dos partidos populistas europeus ligados a Steve Bannon encara uma contradição difícil: a lógica incentivava a que eles apoiassem uma aproximação à Rússia – o que fizeram, por exemplo, os Italianos – mas o seu patrocinador dos EUA agiu ao contrário para sabotar a economia e a afirmação política de Moscovo.

O confronto que acaba de ter lugar em Latáquia pode desembocar numa total redistribuição dos trunfos no mundo. Por duas razões, das quais a segunda é escondida ao publico ocidental. Primeiro, custou a vida a 15 soldados russos ; segundo, ela implica não apenas Israel, mas também o Reino Unido e a França. Potencialmente trata-se da mais perigosa crise desde há mais 60 anos. A questão que se coloca agora é de saber se o Presidente Trump, em plena campanha eleitoral legislativa, está em condições de apoiar o seu homólogo russo, de modo a que os Estados Unidos e a Rússia sancionem as potências coloniais tal como o fizeram conjuntamente em 1956 aquando da crise do Suez.

O exército russo realizou, até 26 de Setembro, um vasto exercício militar na Síria. Como resultado, as rotas aéreas e marítimas foram temporariamente fechadas.
Este exercício segue a destruição de uma aeronave russa durante um ataque conjunto britânico-franco-israelense, em 17 de Setembro de 2018.
No final deste exercício, a Rússia poderia apresentar regras novas de exclusão aérea e marítima à (...)

As autoridades russas, que continuam a contestar a versão da destruição do vôo MH-17 por um míssil terra-ar, desclassificaram informações contradizendo as conclusões da Comissão de Inquérito holandesa sobre o desastre.
O voo 17 da Malaysia Airlines, ligando Amsterdão a Kuala Lumpur, foi destruído num vôo, a 17 de Julho de 2014, na região de Donetsk (Ucrânia), no decurso de combates opondo o governo golpista de Kiev e os independentistas do Donbass causando 298 mortos. Desde então, cada lado sacode as (...)

Em 17 de Setembro de 2018, cerca das 22:00 h (hora local), um turbo-propulsor militar russo Il-20, desapareceu dos monitores dos radares no Mediterrâneo, aproximadamente a 35 quilómetros da costa síria. Regressava à base aérea de Hmeymim, com 14 pessoas a bordo.
O incidente ocorreu quando uma batalha estava a ser travada na área. Quatro F-16 israelitas, a partir de águas internacionais, atacaram o Instituto Internacional das Indústrias Técnicas, de Latakia. A defesa antiaérea síria conseguiu (...)

Os Presidentes russo e turco reuniram-se em Sochi, em 17 de Setembro de 2018
Desde a sua reunião anterior, em 7 de Setembro, em Teerão, a Rússia endureceu o tom, evocando pela primeira vez, a natureza ilegal da presença militar turca em Idleb. Sublinhou que essa mesma presença deveria terminar.
Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdoğan assinaram, antes de tudo, acordos de cooperação económica a respeito da construção do gasoduto Turkish Stream e da central nuclear civil de Akkuyu; acordos (...)

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, em 28 de Agosto de 2018, que estava reforçando seu destacamento naval ao largo da Síria, trazendo sua presença para dez navios e dois submarinos.
A conta do Twitter Bosphorus Observer registrou, em 30 de Agosto, que um grande navio porta-contentores russo, o Sparta-3, cruzou o estreito na direção de Tartus (Síria). Ele transporta exclusivamente equipamentos militares.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou igualmente que a partir de 1 de Setembro, e (...)

Promovendo o desenvolvimento doméstico da propaganda e da doutrinação para a guerra, inexoravelmente os países ocidentais dotam-se de uma censura à Internet. Neste contexto, uma tensão extremamente violenta divide de forma profunda a cena internacional. Constatando o risco acrescido de uma confrontação geral, Moscovo tenta encontrar interlocutores credíveis na ONU e nos Estados Unidos. Aquilo que se passa actualmente não tem equivalente desde 1938 e pode degenerar da mesma maneira.

A imprensa ocidental continua a apoiar as elites financeiras transnacionais e a tentar desconsiderar a acção do Presidente Trump. Esta atitude torna difícil compreender os progressos empreendidos em direcção à paz na Síria. Thierry Meyssan reanalisa os acordos concluídos no decurso dos cinco últimos meses e os avanços rápidos no terreno.

A Força das Nações Unidas encarregada de observar a distensão (UNDOF – FNUOD) realizou, a 1 de Agosto de 2018 (dia comemorativo do Exército Árabe Sírio), a sua primeira patrulha ao longo da linha de demarcação sírio-israelita desde há quatro anos.
A UNDOF tinha sido expulsa das suas posições, a 28 de Agosto de 2014, e substituída pela Alcaida com a ajuda do Exército israelita. As Nações Unidas haviam pago uma soma, por transferência bancária, de resgate à organização terrorista para obter a libertação de 45 (...)

É a Rússia de Vladimir Putin um Far West onde o Poder pode depenar um bilionário da sua fortuna, como no tempo de Boris Yelstin ? Imiscui-se ela no processo eleitoral norte-americano ? Tantas interrogações que não deixam lugar a dúvidas, segundo a tese da classe dirigente dos EUA. E, no entanto, terá bastado que o Presidente Putin tenha proposto uma comissão rogatória cruzada ao Presidente Trump para que a angústia tome conta de Washington.
A História Russa do Dia-V (ou a História da Segunda Guerra Mundial poucas vezes Ouvida no Ocidente)
Michael Jabara Carley

Professor de História contemporânea na Universidade de Montreal, Michael Jabara Carley conta aqui o papel da União Soviética contra o nazismo. Depois ele analisa a maneira como esta história tem sido propositadamente deformada pelos Anglo-Saxónicos e é deturpadamente ensinada no mundo Ocidental.

Enquanto os observadores maioritariamente tomam partido no conflito Russo-EUA e desejam a vitória do seu campo, Moscovo tenta apaziguar o Médio Oriente. Portanto, opõe-se a um ataque a Israel pelo Irão tal como se havia oposto a uma operação israelita contra o Irão, em 2008.

Interrogado pela Televisão do Hezbollah, Al-Manar, em 10 de Abril, à noite, o Embaixador da Russia em Beirute, Alexander Zasypkin, declarou que todos os mísseis ocidentais que venham a ser lançados sobre a Síria serão abatidos e os sítios de onde forem lançados, serão considerados como alvos.
Ele pretendia afastar os possíveis mal entendidos após o anúncio da Casa Branca, de Downing Street e do Eliseu de um possível ataque à Síria.
Os ocidentais, que não aceitam a sua derrota na Síria, tentam derrubar (...)

A 17 de Março de 2018, o Ministro russo dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br), Serguei Lavrov, denunciou a presença de Forças especiais norte-americanas, britânicas e francesas na Síria; uma realidade que Londres e Paris negam. «Esta presença significa que não se trata mais de uma guerra por procuração, mas, antes de uma intervenção directa na guerra», insistiu ele.
Lavrov enviava assim um aviso a Washington, Londres e Paris, para o caso de pensarem bombardear Damasco. Documentos apreendidos (...)

A semana que acaba de decorrer foi extraordinariamente rica em acontecimentos. Mas nenhum média esteve à altura de dar conta deles já que todos mascararam deliberadamente alguns dos factos para proteger a narrativa que, a propósito, divulgava o seu governo. Londres tentou provocar um grande conflito, mas perdeu face à Rússia, ao Presidente Trump e à Síria.

O Presidente Vladimir Putin reuniu, na tarde de 15 de Março, o Conselho Nacional de Segurança russo afim de debater os acontecimentos na Ghuta Oriental (Síria), a demissão do Secretário de Estado Rex Tillerson (EUA) e os ataques conjuntos do Reino Unido, da França, dos Estados Unidos e da Alemanha a propósito do atentado em Salisbúria (Inglaterra).
Os Diretores dos Serviços de Inteligência, Alexander Bortnikov (FSB) e Sergey Naryshkin (SRV), apresentaram sua análise desses (...)

A 10 de Março de 2018, às 21h30 (hora de Washington), o General Jim Mattis dava uma entrevista a jornalistas a bordo do avião que o conduzia a Omã. Antes mesmo que as perguntas lhe fossem colocadas, o Secretário de Defesa dos EUA comentou as declarações do Presidente Putin perante os parlamentares russos [10].
Segundo ele, estas tem origem na retórica da campanha eleitoral presidencial. As armas descritas por Vladimir Putin só estariam operacionais daqui a muito tempo, não modificando portanto o (...)

A Rússia poderia deixar dois sistemas ligação internacionais, Internet e Swift.
A lei russa obriga os operadores a armazenar em território nacional os dados pessoais dos utilizadores (usuários-br), mas várias firmas norte-americanas recusam conformar-se com esta regra. Esses dados são ilegalmente transferidos para os Estados Unidos por conta dos Serviços de Inteligência da NSA (National Security Agency-Agência Nacional de Segurança.
Segundo o conselheiro do Presidente Putin para as telecomunicações, (...)

O discurso do Presidente russo, Vladimir Putin, sobre o Estado da Nação [12], dedicado às questões internas e internacionais, despertou pouco interesse político-mediático e alguns comentários irónicos, em Itália. No entanto, deve ser ouvido e lido com extrema atenção.
Evitando floreados diplomáticos, Putin põe as cartas na mesa. Denuncia o facto de que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos alimentaram a corrida aos armamentos nucleares, tentando obter uma nítida vantagem estratégica sobre a Rússia. O (...)

Quando os peritos se interrogavam sobre a possível evolução da ordem mundial em direcção a um sistema multipolar, mesmo simplesmente tripolar, os bruscos avanços da tecnologia militar russa impõem o regresso a uma organização bipolar. Passemos em revista os ensinamentos dos três últimos anos até às revelações do Presidente Putin, a 1 de Março de 2018.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, dirigiu-se a Moscovo (Moscou-br) a 27 de Fevereiro de 2018. A imprensa francesa apresentou esta visita como um esforço de Paris em favor das populações sírias da Ghuta Oriental. Na realidade, este encontro estava previsto, desde há longa data, no quadro das relações culturais entre os dois países.
O Sr. Le Drian aproveitou a sua deslocação para observar que os três principais grupos armados presentes na Ghuta, Aylaq al-Rahman, Jaish (...)

Agora, refiro a questão mais importante, a defesa.
Falarei sobre os sistemas mais recentes das armas estratégicas russas que estamos a criar em resposta à retirada unilateral dos Estados Unidos da América do Tratado de Mísseis Anti-balísticos e à colocação efectiva dos seus sistemas de defesa anti-mísseis, não só nos EUA, como também para além das suas fronteiras nacionais.
Gostaria de fazer uma curta viagem ao passado recente.
Em 2000, os EUA anunciaram a sua retirada do Tratado de Mísseis (...)

Todos os comentadores sublinharam, no decurso dos quatro últimos anos, a impossibilidade para a Rússia de colocar tropas terrestres contra os jiadistas na Síria face ao risco de reviver a sua derrota do Afeganistão. Mas o que é verdadeiro se Moscovo se enfrenta com mercenários interpostos por Washington, torna-se falso se os dois Grandes se entendem quanto ao futuro não apenas da Síria mas da região. Thierry Meyssan foi o primeiro no mundo a anunciar a chegada do exército russo à Síria, em 2015. Ele é hoje o primeiro a anunciar a entrada da sua infantaria.

O Diretor dos Serviços de Inteligência Russa do Interior (Федеральная служба безопасности Российской Федерации, FSB), o General Alexander Bortnikov, e o dos Serviços do Exterior (Слу́жба вне́шней разве́дки, SVR), Sergey Naryshkin, secretamente viajaram aos Estados Unidos, no final de Janeiro de 2018. Eles foram recebidos, nomeadamente, por Mike Pompeo, o Diretor da CIA, e por Dan Coats, Diretor da Inteligência Nacional.
Personalidade política de primeiro plano, Sergey Naryshkin (foto) pertence ao círculo próximo ao Presidente Putin, desde a (...)

A 18 de Janeiro de 2018, o Reino Unido e a França realizaram uma cimeira de defesa, em Sandhurst, com a Primeira-ministro Theresa May e o Presidente Emmanuel Macron. Os dois Estados decidiram, nomeadamente, apoiarem-se ao máximo, ao mesmo tempo, contra a Rússia nos países bálticos e contra o terrorismo no Sahel. Decidiram igualmente prosseguir a fusão das suas forças expedicionárias, iniciada por ocasião da guerra contra a Líbia [13].
A 22 de Janeiro, o Chefe de Estado-Maior britânico, o General (...)

A 13 de Janeiro de 2018, as Forças Especiais russas eliminaram todos os membros do grupo jiadista que executou o ataque de drones em enxame contra as bases Tartous e de Hmeimim [16].
A resposta russa teve lugar na aldeia de Muwazarra, na zona de distensão de Idlib.
Simultaneamente, foram destruídos o depósito da montagem e de armazenamento de drones dos jiadistas.
Previamente, o Presidente Vladimir Putin empenhou-se em limpar a Turquia de qualquer suspeita. Ele falou para a imprensa (...)

Desde o início da guerra contra a Síria, em 2011, a Rússia apoia este país face aquilo que ela considera ser uma agressão externa. Enquanto que a imprensa ocidental explica este comportamento por uma solidariedade entre ditaduras, Thierry Meyssan expõe aqui as verdadeiras motivações históricas. Ele observa que a vitória, que também é a de Moscovo, abre um novo período para a cultura ortodoxa na Europa.

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