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A Itália tornou-se num dos subcontratados do Pentágono, no Mediterrâneo e em África. Se bem que o AfriCom ainda continue sediado na Alemanha, os Estados Unidos delegaram parte das missões no mar e todas as operações em terra à Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Estónia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia e República Checa, sob comando da França. Claro que mantêm o controlo das operações, sobretudo, por via aérea.

O exército italiano integra-se um pouco mais nas Forças dos EUA. Até agora, eles participavam em operações concebidas pelos Estados Unidos, mas estavam sob o comando de oficiais americanos da NATO. Agora, graças a uma manobra inteligente, serão colocadas directamente sob as ordens do Pentágono.

Assim que a epidemia de Covid-19 atingiu a Itália, esta apelou à ajuda da União Europeia que não lhe respondeu. A Alemanha, essa, reagiu brutalmente proibindo a exportação de máscaras.
Após a ausência de resposta da UE à crise económica de 2008, à crise de migrantes de 2015 e à crise do coronavírus de 2020, a taxa de Italianos desfavoráveis à UE saltou para 67%.
Uma outra sondagem (pesquisa-br) mostrou que agora, após as reacções da Alemanha às últimas crises e à sua intervenção na Líbia (antiga colónia (...)

Os debates em Itália, sobre a ajuda que a União Europeia pode oferecer depois da crise do coronavírus, têm um objectivo errado: não se trata primeiro de dispor de dinheiro, mas de independência. Deste ponto de vista, as relações com a UE devem ser analisadas à luz das relações com os EUA.

Na Sicília, em Ravanusa, Dario Musso, um homem de 33 anos, circulou de carro na sua cidade com um megafone para acordar os seus concidadãos ao grito de «A pandemia não é grave! Saiam, tirem as vossas máscaras! Abram as lojas!»
Todas as testemunhas afirmam que ele estava perfeitamente são de espírito, simplesmente revoltado.
Os carabineiros prenderam-no. Ele foi enviado para um hospital psiquiátrico, amarrado a uma cama durante 4 dias, alimentado em gota a gota através de um catéter e colocado sob (...)
O PRIMEIRO DRONE DA NATO ATERRA EM SIGONELLA
A Itália na primeira linha da “guerra dos drones”
Manlio Dinucci

Está no espírito dos militares possuir o maior número de armas disponíveis. É o caso dos italianos com os drones americanos. Está no pensamento ocidental usar as tecnologias que possuímos, não porque precisamos delas, mas porque dispomos delas. Assim, sem nenhuma reflexão, a Itália encontra-se incorporada nas guerras dos EUA em África e no Médio Oriente.

A economia de Nápoles transforma-se, lentamente, para se centralizar na base da NATO. Os jovens recrutados não provêm principalmente da região, mas do sul da Itália, em geral, atingidos duramente pelo desemprego juvenil três vezes e meia acima da média europeia. Não só o dinheiro investido no desenvolvimento dessas instalações militares não é uma despesa indispensável, mas doravante está a escasssear na economia do sul.

Na ocasião do discurso grotesco de Giuseppe Conte aos embaixadores italianos, Manlio Dinucci recorda-nos que, independentemente da simpatia que possamos ter pelos Estados Unidos, este país continua a ser o principal predador da Humanidade. Seja qual for a circunstância, não podemos, nem devemos reivindicar os seus “valores”.

Massimo D’Alema entrou na História ao fazer participar o seu país, a Itália, no crime da NATO contra a antiga Jugoslávia. O mundo tinha-se tornado unipolar e ninguém no Ocidente se importou em violar o Direito Internacional e travar uma guerra contra a advertência do Conselho de Segurança. Hoje, o mesmo D’Alema participa na criação de uma Grande Albânia, que inclui o actual Kosovo.

A reorganização da base americana de Camp Darby (Itália) mascára a transferência de Forças Especiais sob o comando USA. Este dispositivo já existiu no passado. Foi ele que permitiu a criação do Gladio, o serviço de acção secreta da NATO na Itália. Desde Dezembro de 2015 (Artigo 7bis da Lei 198), o Presidente do Conselho Italiano tem a possibilidade de continuar as operações militares através de operações dos Serviços Secretos. Esta notícia confirma um pouco mais, a hipótese que afirmamos há dois meses: a NATO prepara uma onda de atentados na Europa.

Desde a governação de Silvio Berlusconi, a Itália tenta aproximar-se da Rússia com a qual tem muitos interesses em comum. No entanto, o compromisso nunca conduz a medidas concretas importantes, devido à Itália ser membro da NATO e, como tal, forçada a ser inimiga da Rússia.

Os mercados e a União Europeia estão em alarme, a oposição está ao ataque, o apelo do Presidente da República à Constituição, tudo porque a anunciada manobra financeira do governo resultaria num déficit de cerca de 27 biliões de euros. No entanto, silêncio absoluto, tanto no governo como na oposição, sobre o facto de que a Itália gasta num ano uma quantia análoga para fins militares. A verba de 2018, é de cerca de 25 biliões de euros, à qual se junta outros elementos de carácter militar, elevando-a para (...)

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