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CentCom : Controlo do «Grande Médio-Oriente»
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A empresa de satélite egípcia Nilesat interrompeu subitamente a difusão do canal de televisão do Hezbolla, Al-Manar ( "Farol").
As autoridades egípcias denunciaram-na como uma cadeia que «atiça os conflitos sectários», uma acusação totalmente infundada.
As populações árabes assistem à televisão por satélite utilizando o NileSat (Egipto) ou o ArabSat (Liga Árabe —que acaba de declarar a Resistência libanesa «terrorista»—). Entretanto, três outros satélites cobrem a região, um europeu, um russo e um iraniano. (...)

Enquanto o general Joseph Votel se apresta para assumir o comando do CentCom, com a missão de libertar Rakka dos jiadistas (Síria) do E.I. , a imprensa norte-americana retorna ao clima de medo que reina nesta unidade.
Em agosto de 2015, enquanto o general John Allen (um "falcão liberal" como David Petraeus, Hillary Clinton e Jeffrey Feltman) era o responsável da Coligação internacional anti-Daesh, o New York Times revelava que relatórios da Inteligência do CentCom tinham sido falsificados para (...)

Enquanto o Ocidente fazia pressão sobre o Irão para que ele abandonasse o seu programa nuclear civil, os Saud compravam a bomba atómica a Israel ou ao Paquistão. Agora, para surpresa geral, o Próximo-Oriente tornou-se zona nuclearizada, dominada por Israel e pela Arábia Saudita.

O pior ministro francês das relações exteriores jamais ofereceu uma fuga à França. Ele deixa para trás uma diplomacia arruinada, desacreditada e desmoralizada: nossos diplomatas seriam os melhores do planeta, mas não podem fazer milagres enquanto forem levados a só defenderem o indefensável, o que os coloca sistematicamente ao lado ruim da História. É aqui que está o busílis da questão.

Terminou a aliança dos EUA com a Arábia Saudita contra o Irão e, a partir daí, da oposição sunitas / xiitas.
As milícias xiitas iraquianas, enquadradas pelos Guardas da Revolução iranianos, batem-se há mais de um ano ao lado do Exército Árabe Sírio. Elas são agora oficialmente apoiadas e armadas por Washington ... para o combate no Iraque contra o Daesh(E.I.).
Uma unidade de ligação foi criada entre as milícias xiitas iraquianas —Brigada Badr, Asa’ib Ahl al-Haq, etc.—, e a coligação liderada pelo (...)

Os neo-conservadores e os falcões liberais que demoradamente prepararam, desde 2001, a guerra contra a Síria, apoiaram-se a partir de 2005 sobre vários Estados da Otan e do Conselho de Cooperação do Golfo. Se já se conhecia o papel jogado pelo general David Petraeus, em lançar e manter a guerra até aos dias de hoje, duas personalidades —Jeffrey Feltman (numero 2 da Onu) e Volker Perthes (director do principal think tank alemão)— ficaram na sombra. Em conjunto, com o apoio de Berlim, eles utilizaram, e continuam a manipular, as Nações Unidas para destruir a Síria.

O presidente chinês, Xi Jinping iniciou uma digressão à Arábia Saudita, Egipto e República Islâmica do Irão. Oficialmente, não se trata de falar de política mas unicamente de economia. A China propõe aos Estados do Próximo-Oriente participar na construção da «nova rota da seda» de maneira a desenvolverem-se e libertarem-se do colonialismo ocidental.

Há vinte e cinco anos, nas primeiras horas do dia 17 de janeiro de 1991, começava no Golfo Pérsico a operação “Tempestade do deserto”, a guerra contra o Iraque que abriu a fase histórica que estamos vivendo. Esta guerra foi desencadeada no momento em que, após a queda do Muro de Berlim, serão dissolvidos o Pacto de Varsóvia e a própria União Soviética. Isto criou, na região europeia e centro-asiática, uma situação geopolítica inteiramente nova. E, em escala mundial, desaparecia a superpotência capaz de (...)

Ainda dependendo da confirmação pelo Senado, o general do Exército, Joseph Votel, foi nomeado comandante do Central Command, um dos dez Comandos Conjuntos de Combate das Forças estadunidenses, em 15 de janeiro de 2016.
O general Votel foi chefe do Comando Conjunto de Operações Especiais, em Fort Bragg. Eu foi, então, encarregado pelo presidente Obama de perpetrar os assassinatos seletivos ao redor do mundo.
Ele assume a direção do CentCom ao mesmo tempo em que o Pentágono define uma nova (...)

A Resolução 2254 sobre a Síria, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, sublinha “a estreita ligação entre um cessar-fogo e um paralelo processo político”. A desativação do conflito favoreceria uma redução das tensões no Oriente Médio.
Há, porém, um problema: três dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, França e Grã Bretanha – são os mesmos que violaram duramente “a soberania e a integridade territorial da República Árabe da Síria”, que na resolução dizem (...)

A imprensa ocidental pouco fala de operações militares na Síria, a não ser para afirmar, sem a menor prova, que a Coligação bombardearia com êxito os jiadistas do Daesh enquanto a Rússia estaria a matar civis inocentes. É de facto difícil ter-se uma ideia da situação actual, tanto mais que cada campo reforça o seu armamento tendo em vista um confronto mais vasto. Thierry Meyssan descreve aqui aquilo que se prepara.

Paris e Londres multiplicam as declarações enfáticas contra o Daesh, a sua limpeza étnica e os seus atentados. No entanto, preparam, nos bastidores, a limpeza étnica do Norte da Síria tendo em vista criar aí um pseudo-Curdistão, e a recentrarem o Daesh em Al-Anbar para lá criar um Sunnistão. Thierry Meyssan analisa este plano e sublinha as numerosas contradições do discurso oficial.

A derrubada do caça russo mobilizado na Síria por um caça turco made in Usa, com a consecutiva ruptura entre Moscou e Ancara não por acaso ocorrida às vésperas do acordo sobre o gasoduto que deveria levar o gás russo ao Bósforo, põe em evidência de maneira dramática o evento que se desenvolve na quinta e sexta-feira em Florença.
Trata-se da Assembleia parlamentar da Otan que, em 12 de outubro, “recomendou aos governos dos países membros da Otan que aumentem as despesas militares para fazer face a uma (...)

Com uma mão, o governo francês mobiliza todos os seus média para focar a atenção da sua população sobre os atentados de 13 de novembro. Com a outra, ele lança com Israel uma nova guerra no Iraque e na Síria. O seu objectivo não é, mais, o de derrubar o regime laico sírio, nem o destruir o seu exército, mas, agora, o de criar um Estado colonial a cavalo sobre o Iraque e a Síria, gerido pelos Curdos, afim de prender em tenaz os Estado árabes. O sonho de uma potência israelita do Nilo ao Eufrates está de volta.

Os dias da «Primavera árabe» estão quase no fim. A partir de agora, a Casa Branca e o Kremlin estão redesenhando os contornos do «Grande Oriente Médio ». No entanto, o seu acordo, que foi celebrado antes da intervenção militar russa na Síria, ainda pode ser modificado pelas alterações no equilíbrio do poder. Não há nenhuma prova de que Moscou irá aceitar a estabilização da Síria ou ignorar a partição da Turquia e da Arábia Saudita, que estão prestes a começar. Em qualquer caso, a agitação futura irá modificar o status quo que tem estado em vigor nos últimos cinco anos. A maioria dos poderes implicados, portanto, está lutando para mudar de lado antes dos outros jogadores.

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A guerra na Síria virá a ter lugar?