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Organização do Tratado do Atlântico Norte

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Ninguém contestou as regras da OTAN durante a Guerra Fria, salvo a França. Mas em vista das suas derivas desde 2001, todos os seus membros (salvo a Turquia) procuram deixá-la, incluindo os EUA para quem ela é todavia indispensável. O relatório interno sobre aquilo que ela deveria vir a ser ilustra as suas contradições e a dificuldade em reformá-la.
«A Arte da Guerra»
Na ONU, membros da OTAN e da União Europeia abstém-se sobre o Nazismo
Manlio Dinucci

Este assunto é extremamente grave: o mais discretamente possível, os Estados membros da NATO e da União Europeia abstiveram-se na ONU sobre o nazismo; uma confissão vergonhosa. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a CIA e, posteriormente, a NATO reciclaram muitos criminosos em todo o mundo, mais recentemente nos Estados Bálticos e na Ucrânia. Eles transmitem a ideologia racial, que nunca abandonaram.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte está a lançar um concurso para todas as ONGs, universidades, grupos de reflexão (“think-tanks”) públicos ou privados dos seus Estados membros.
Trata-se oficialmente de criar ferramentas que aumentem a resiliência das populações à desinformação «inimiga» (entenda-se «russa»). Ora o problema é que para lutar contra a propaganda, é preciso lutar contra toda a propaganda, inclusive a da OTAN.
Na prática, tratar-se-á pois apenas de criar ferramentas para descredibilizar (...)

O Presidente arménio, Armen Sarkissian, deixou Erevan com destino a Bruxelas, em 21 de Outubro ao fim da manhã. Ele deverá ser recebido pelo Secretário-Geral da OTAN, pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br) e a Política de Segurança e pelo Presidente da UE.
Estes encontros terão lugar enquanto os Ministros da Defesa da OTAN se reunirão nos dias 22 e 23 de Outubro na sede da Aliança.
Armen Sarkissian tem a dupla nacionalidade arménia e (...)

O Azerbaijão apoia-se em membros dos Serviços Secretos da OTAN em países do antigo Pacto de Varsóvia para mobilizar a imprensa internacional contra os Arménios.
O Nizami Ganjavi International Center (Centro Internacional Nizami Ganjavi-ndT), do nome de um célebre poeta persa do XIIº século, foi fundado em Baku em 30 de Setembro de 2012. O seu conselho de administração inclui numerosas personalidades políticas do Cáucaso, dos Balcãs, da Europa Oriental e dos Países Bálticos. O Centro é co-financiado (...)

Na guerra do Carabaque, o direito actual contradiz-se segundo aquilo que se interpreta em função da propriedade do território ou da auto-determinação do povo. Aproveitando-se deste equivoco, o povo turco (quer dizer, tanto a Turquia como o Azerbaijão) acabam de atacar este território, auto-proclamado independente (Artsakh) mesmo que ligado de facto à Arménia. A Rússia fez já saber que, em função dos tratados, defenderá a Arménia se esta for atacada, mas que a sua segurança nacional não é posta em causa pelo que se passa no Carabaque. Desde já, a única questão é estabelecer se a Turquia agiu a ordens dos Ocidentais, ou se tomou uma iniciativa que os seus aliados são susceptíveis de vir a virar contra ela.

Sejam quais forem os governos, o projecto anti-russo da NATO progride inexoravelmente. Parece que ninguém tem o controlo e que a Aliança tem vida própria. De facto, está a ocorrer a concretização da distribuição metódica nuclear nos países bálticos, nas fronteiras da Rússia e da Bielo-Rússia.

O processo de abertura da NATO à zona Indo-Pacífico, que anunciamos há seis meses, acaba de surgir. Foi formado, ofi-cialmente, um grupo de trabalho não para reflectir sobre a estratégia mais apropriada em relação à China, mas para justificar ‘a posteriori’ e para tornar público o trabalho já realizado. Quase não existe nenhuma diferença em relação ao período colonial, pois trata-se de impedir o desenvolvimento da China (containment).

Os Estados Unidos, que tinham suspendido as suas manobras militares no continente europeu devido à epidemia do Covid-19, acabaram de retomá-las. Nenhum dos objectivos iniciais foi suprimido. Trata-se sempre de orientar a política exterior da União Europeia contra a Rússia.

Já tinhamos informado os nossos leitores dos planos do Presidente Donald Trump e da União Europeia de afastar o seu homólogo, Nicolás Maduro, já qualificado como "”antigo Presidente da Venezuela" (sic). Manlio Dinucci revela a preparação militar da França e do Reino Unido tendo em vista esta operação que, de momento, foi adiada pelo Pentágono.

Enquanto os Europeus e os Árabes estão absorvidos pelo coronavírus, os Anglo-Saxões mudam a ordem mundial. Sob o comando dos EUA, o Reino Unido tomou o controle da entrada do Mar Vermelho; os Emirados Árabes Unidos viraram-se contra a Arábia Saudita e infligiram-lhe uma humilhante derrota no Iémene do Sul, enquanto os Hutis faziam o mesmo no Iémene do Norte. Agora, o Iémene está cindido em dois Estados distintos e a integridade territorial da Arábia Saudita está ameaçada.
«A Arte da Guerra»
Na Europa fechada pelo vírus, a União Europeia abre as portas ao exército USA
Manlio Dinucci

30 000 soldados USA estão prontos para desembarcar na União Europeia, sem respeitar as medidas sanitárias decretadas por Bruxelas e pelos Estados membros. Ou o Comando do Exército USA para a Europa é incompetente e coloca desnecessariamente em risco a vida dos seus soldados, ou eles já foram vacinados.

Desde há duas décadas, as tropas norte-americanas impõem a sua lei no Médio-Oriente Alargado. Agora, países inteiros estão privados de Estado que os defenda. Populações inteiras foram vítimas da ditadura dos islamistas. Assassínios em massa foram cometidos. Também imperaram fomes. O Presidente Donald Trump impôs aos seus generais o repatriamento dos soldados, mas o Pentágono entende prosseguir a sua campanha com os soldados da OTAN.

Por fim, deve ser mesmo a NATO que irá dominar o mundo árabe após a retirada do CentCom (Comando Central dos EUA no Médio Oriente). A Alemanha poderia desempenhar um papel de liderança no seio da Aliança.
O Secretário Geral Jens Stoltenberg espera:
1. Instalar a Aliance na Tunisia e fazer durar, eternamente, a guerra na Líbia;
2. Instalar a Aliança no Iraque e na Jordânia e fazer durar, eternament,e a guerra na Síria.
Em 1 de Fevereiro de 2020, a Turquia aproximou-se, subitamente, da NATO, da (...)

De acordo com um antigo projecto anunciado em 2013, a Alemanha conseguiu convencer o Presidente Trump a enviar tropas europeias para o Médio Oriente, sob comando da NATO. A Aliança, por sua vez, considera ser uma oportunidade para se estabelecer na região Indo-Pacífica e tornar-se uma organização mundial, sobretudo, apoiando-se na questão de Taiwan. Para preservar a sua credibilidade, a NATO deve mostrar que mantém a sua força perante a Rússia e organizará exercícios gigantescos - Defender Europe 20.

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