O massacre de 33. 000 civis palestinianos pelo gabinete de guerra de Benjamin Netanyahu, depois a sua recusa em tomar as medidas ordenadas pelo Tribunal Internacional de Justiça e, finalmente, a sua recusa em cumprir as exigências da Resolução 2728 do Conselho de Segurança lembram a síndrome de Massada. Este extremismo fanático tem talvez mais a ver com a psiquiatria do que com a política.
É muito improvável que o encurralado – pelo que ainda resta de consciência universal humanista – Primeiro-Ministro khazar Netanyahu acate a Resolução de cessar-fogo imediato em Gaza [1].
Netanyahu barrica-se por trás da síndrome de Masada e utiliza o clamor de 90% da população israelita que exige a erradicação do Hamas, sem se importar com os «danos colaterais» (sic) que estão a resultar num Apocalipse Palestiniano, o que colide com os 3 princípios do Direito Internacional Humanitário : discernimento, proporcionalidade e precaução [2].
Três anos após a queda de Jerusalém, em 70 depois de Cristo (D. C.) diante das hostes do Imperador Tito, Massada foi o último reduto onde sucumbiu a seita extremista dos Sicarii (de cujo nome provêm o termo «sicário») dos zelotas na Judeia.
Netanyahu, Primeiro-Ministro khazar de origem polaca, que nada tem a ver com os autênticos judeus semitas, aplica a síndrome de Massada 1. 951 anos depois, perante o esmagador clamor da consciência universal humanista de povos e países.
Veja-se a semelhança gritante entre os zelotas do ano 73 D. C. e os seus émulos neo-colonialistas espoliadores Ben-Gvir, Ministro israelita da «Segurança» (sic), e Smotrich, Ministro das Finanças !
A síndrome de Massada apoderou-se do gabinete de Netanyahu quando o seu Ministro dos Estrangeiros, Israel Katz, em desafio à Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, proclamou que «o Estado de Israel não cessará o fogo». «Vamos destruir o Hamas e continuar a lutar até ao regresso a casa de todos os reféns», concluiu [3].
O até agora inoperante Tribunal Internacional de Justiça (TIJ-CIJ), depois de quase 6 meses de dantesco genocídio, instou Israel a facilitar com carácter «urgente» (sic) a entrada da ajuda humanitária na faixa de Gaza [4], território palestiniano bloqueado por céu, mar e terra, onde a guerra alimentar campeia com as subsequentes fome, sede e doenças.
Segundo o jornal The Times, próximo à monarquia mundialista britânica e a Israel, o bloqueio da ajuda humanitária (sic) a Gaza é um grave erro estratégico de Israel, que é já visto pela opinião mundial como uma vontade de matar deliberadamente à fome os sitiados Palestinianos.
Em alto e bom som, a Relatora especial da ONU para os Direitos Humanos nos territórios palestinianos ocupados, Francesca Albanese, no seu relatório «Anatomia de um genocídio» acusou Israel e « pede aos Estados que cumpram as suas obrigações e imponham um embargo de armas ». E também sanções a Israel. «Quando a intenção genocida é tão visível, tão ostensiva, como é em Gaza, não podemos desviar o olhar, devemos enfrentar o genocídio; Temos de o prevenir e de o punir », sublinha a Relatora especial da ONU na sua informação [5].
Elijah J. Magnier comenta que «Israel se prepara para a reação internacional sobre Gaza para além do campo de batalha» [6] com um tsunami de processos judiciais, o que relembra os achados perturbantes da Comissão Goldstone, igualmente em nome da ONU, que havia investigado as atrocidades de Israel, as quais incluem crimes de guerra, na anterior guerra contra Gaza há 15 anos atrás [7].
«Anatomia de um genocídio», a informação da Relatora da ONU Francesca Albanese, julga que Israel cometeu três actos específicos reconhecidos na Convenção da ONU contra o Genocídio :
> assassinar membros do grupo visado [população palestiniana],
> causar-lhes grave dano mental e físico
> e criar intencionalmente condições calculadas para a destruição do grupo,
para além da destruição maciça da infraestrutura de Gaza, que inclui hospitais e as terras agrícolas, com a detenção e a presumível tortura de milhares de homens e rapazes palestinianos.
Francesca Albanese assinala a presente situação como uma escalada do processo de colonização colonial e de apagamento de longa data, que mostra uma nova Nakba em curso – isto em referência à expulsão em massa dos Palestinianos na sequência da criação de Israel em 1948.
Elijah J. Magnier relata que Israel rejeitou categoricamente as conclusões do demolidor Relatório de Francesca Albanese como sendo uma «obscena» inversão (sic) da realidade. Ou seja, a clássica síndrome de Massada !
[1] «El invento (sic) de la "Tierra de Israel"– la "Tierra de Canaan" espoliada–, según el historiador Shlomo Sand», Alfredo Jalife-Rahme, La Jornada, 25 de febrero de 2024.
[2] Normas internacionales. ACNUDH: Protección de los derechos humanos en situaciones de conflicto, Naciones unidas
[3] «Israel says won’t cease fire in Gaza despite UN resolution», Anadolu Agency, March 25, 2024.
[4] “As medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 30 de Janeiro de 2024.
[5] Anatomy of a Genocide. Report of the Special Rapporteur on the situation of human rights in the Palestinian territories occupied since 1967, Francesca Albanese, Advance unedited version (Non traduit), Human Rights Council, March 25, 2024.
[6] «Israel braces for international backlash over Gaza: Preparing for Battle Beyond the Battlefield», Elijah J. Magnier, ejmagnier.com, March 28, 2024.
[7] «Committee following up on “Goldstone Report” says investigations by Israel and de facto Gaza authorities inadequate. Follow-up on "Goldstone Report"», Human Rights Council, 21 September 2010.
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