O primeiro Primeiro-Ministro israelita ordenou a destruição de um depósito de armas do Hezbolla, em Beirute, por meio de uma nova arma. Como esta é mal conhecida provocou danos consideráveis na cidade matando mais de 100 pessoas, ferindo 5.000 e destruindo muitos edifícios. Desta vez, será difícil a Benjamin Netanyahu negar.
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O primeiro Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, autorizou um ataque contra um depósito de armas do Hezbolla por meio da utilização de uma arma nova, testada há sete meses atrás na Síria. Ignora-se se o segundo Primeiro-Ministro, Benny Gantz, deu o seu acordo.
Não se sabe qual é a arma utilizada. No entanto, ela foi já testada na Síria em Janeiro de 2020. Trata-se de um míssil cuja cabeça tem uma componente nuclear tática que provoca um cogumelo de fumaça característico das armas nucleares. Não se trata evidentemente de uma bomba atómica no sentido estratégico.
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Esta arma foi testada na Síria numa planície rural, depois nas águas do Golfo Pérsico contra navios da Marinha Iraniana. É a primeira vez que ela é utilizada em meio urbano, num ambiente particular que faz com que o sopro e as vibrações se reflictam sobre a água e as montanhas. Longe de destruir apenas o porto de Beirute, ela matou uma centena de pessoas, feriu pelo menos 5.000 outras e destruiu, em grande parte, a parte leste da cidade (tendo sido a parte Oeste largamente protegida pelo silo de cereais).
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Israel activou imediatamente as suas redes nos média (mídia-br) internacionais para encobrir o seu crime e fazer crer na ideia da explosão acidental de um depósito de fertilizantes. Como sempre, falsos culpados são apontados, e a máquina mediática internacional repete à saciedade esta mentira na ausência de qualquer investigação. No entanto, houve claramente um cogumelo de fumaça incompatível com a tese de uma explosão de fertilizante.
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Tal como nem a Síria nem o Irão se pronunciaram sobre esta arma quando foram atingidos, os partidos políticos libaneses concluíram de imediato um acordo para nada dizer a fim de não desmoralizar a sua população. Foi aberta uma investigação, não quanto à causa da explosão, mas sobre a responsabilidade do pessoal do porto no armazenamento destes fertilizantes, supostos de serem a causa da explosão. No entanto, esta mentira não tardou muito a virar-se contra os partidos políticos que a imaginaram.
O Tribunal das Nações Unidas para o Líbano, que devia tornar público o seu veredicto no caso do assassínio do antigo Primeiro Ministro Rafic Hariri, em 2005, decidiu adiá-lo por alguns dias. De forma idêntica, neste caso a explosão de uma carrinha mascarou o disparo de um míssil contendo uma arma nova, como desta vez a explosão de nitrato mascarou o disparo de um míssil comportando uma outra arma nova.
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Eu revelara, cinco anos mais tarde, cinco anos demasiado tarde, numa revista russa a maneira como haviam morto Rafic Hariri [1], enquanto o Hezbollah publicava um vídeo atestando a implicação de Israel.
Importa notar que o assassínio de 2005 visou um antigo Primeiro-Ministro sunita e que o ataque de 2020 teve como alvo não o Hezbolla xiita, mas a Resistência Libanesa como um todo.
Desta vez, várias embaixadas realizaram inquéritos, nomeadamente à recolha de amostras de grãos e de filtros de ar de ambulâncias que se haviam imediatamente dirigido aos locais. Elas estão já a ser alvo de análise nos seus respectivos países.
[1] «Revelaciones sobre el asesinato de Rafik Hariri», por Thierry Meyssan, Оdnako (Rusia) , Red Voltaire , 29 de noviembre de 2010.
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