Boa noite.

Senhor presidente da Câmara. Senhora vice-presidente. Membros do Congresso. Meus concidadãos americanos.

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O que torna nosso momento raro é que a liberdade e a democracia estão sob ataque concomitante, tanto em nosso país como no exterior.

No exterior, Putin, da Rússia, está em marcha, invadindo a Ucrânia e semeando o caos por toda a Europa e além.

Se alguém nesta sala ainda pensa que Putin vai parar na Ucrânia, garanto que não.

Mas a Ucrânia pode deter Putin, se estivermos ao lado da Ucrânia e fornecermos as armas de que necessita para se defender. Isso é tudo o que a Ucrânia pede. Eles não estão pedindo soldados americanos.

Na verdade, não há soldados americanos em guerra na Ucrânia. E estou determinado a seguir assim.

Mas agora a assistência à Ucrânia está sendo bloqueada por aqueles que querem se afastar de nossa liderança mundial.

Não faz muito tempo, um presidente republicano chamado Ronald Reagan trovejou: “Sr. Gorbachev, derrube este muro.”

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Os Estados Unidos são um membro-fundador da Otan, a aliança militar de nações democráticas criada após a Segunda Guerra Mundial visando prevenir a guerra e manter a paz.

Hoje tornamos a Otan mais forte do que nunca.

Demos as boas-vindas à Finlândia na Aliança no ano passado e, hoje de manhã, a Suécia aderiu oficialmente à Otan e seu ministro está aqui presente esta noite.

Senhor primeiro-ministro, bem-vindo à Otan, a aliança militar mais forte que o mundo já viu.

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Devemos enfrentar Putin. Envie-me o Projeto de Lei Bipartidário de Segurança Nacional.

A história está observando.

Se os Estados Unidos se afastarem agora, colocarão a Ucrânia em risco.

A Europa em risco. O mundo livre em risco, encorajando outros que desejam nos prejudicar.

Minha mensagem ao presidente Putin é simples.

Não iremos embora. Não vamos nos curvar. Eu não vou me curvar.

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À medida que lidamos com desafios internos, também estamos lidando com crises no exterior, inclusive no Oriente Médio.

Sei que os últimos cinco meses têm sido dolorosos para muitas pessoas, para o povo israelense, para o povo palestino e para tantos aqui nos Estados Unidos.

Essa crise começou no dia 7 de outubro com um massacre perpetrado pelo grupo terrorista Hamas.

Mil e duzentas pessoas inocentes, mulheres e meninas, homens e meninos foram massacrados, muitos tendo enfrentado violência sexual.

O dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto.

Fizeram 250 reféns.

Esta noite, aqui nesta Câmara, estão famílias americanas cujos entes queridos ainda estão detidos pelo Hamas.

Prometo a todas as famílias que não descansaremos até enviarmos seus entes queridos para casa.

Também trabalharemos dia e noite a fim de trazer para casa Evan e Paul, [e] americanos detidos injustamente ao redor do mundo.

Israel tem o direito de ir atrás do Hamas.

O Hamas poderia dar um fim a esse conflito hoje libertando os reféns, baixando as armas e entregando aqueles responsáveis pelo 7 de Outubro.

Israel tem um fardo adicional, porque o Hamas se esconde e opera no meio da população civil. Mas Israel também tem a responsabilidade fundamental de proteger civis inocentes em Gaza.

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Essa guerra tem tido um impacto maior sobre civis inocentes do que todas as guerras anteriores em Gaza juntas.

Mais de 30 mil palestinos foram mortos.

A maioria não é do Hamas.

Milhares e milhares são mulheres e crianças inocentes.

Meninas e meninos também ficaram órfãos.

Quase 2 milhões de palestinos ficaram sob bombardeio ou foram deslocados.

Casas foram destruídas, bairros foram reduzidos a escombros, cidades acabaram em ruínas.

Famílias sem comida, água ou remédios.

É de partir o coração.

Temos trabalhado sem parar para estabelecer um cessar-fogo imediato que deve durar no mínimo seis semanas.

Isso levaria os reféns para casa, aliviaria a intolerável crise humanitária e construiria algo mais duradouro.

Os Estados Unidos têm liderado esforços internacionais para levar mais assistência humanitária a Gaza.

Esta noite, estou dando instruções às forças militares dos EUA para liderarem uma missão de emergência a fim de estabelecer um porto temporário no Mediterrâneo, na costa de Gaza, que tem capacidade de receber grandes navios contendo alimentos, água, remédios e abrigos temporários.

Nenhum soldado dos EUA entrará na guerra.

Esse porto temporário permitirá um aumento maciço na quantidade de assistência humanitária que chega a Gaza todos os dias.

Mas Israel deve também fazer sua parte.

Israel deve permitir que entre mais ajuda em Gaza e garantir que trabalhadores humanitários não sejam apanhados no fogo cruzado.

À liderança de Israel, digo o seguinte.

A assistência humanitária não pode ser uma consideração secundária ou uma moeda de troca.

Proteger e salvar vidas inocentes têm de ser uma prioridade.

Ao olharmos para o futuro, a única solução real é uma solução de dois Estados.

Digo isto como um apoiador permanente de Israel e o único presidente americano a visitar Israel em tempo de guerra.

Não há outro caminho que garanta a segurança e a democracia de Israel.

Não há outro caminho que garanta que os palestinos possam viver em paz e com dignidade.

Não há outro caminho que garanta a paz entre Israel e todos seus vizinhos árabes, incluindo a Arábia Saudita.

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Criar estabilidade no Oriente Médio significa também conter a ameaça representada pelo Irã.

É por isso que construí uma coalizão de mais de uma dúzia de países visando defender o transporte marítimo internacional e a liberdade de navegação no Mar Vermelho.

Ordenei ataques para degradar a capacidade dos houthis e defender as forças militares dos EUA na região.

Como comandante em chefe, não hesitarei em tomar medidas adicionais para proteger nosso povo e nossos militares.

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Os Estados Unidos estão em ascensão.

Temos a melhor economia do mundo.

Desde que cheguei à Presidência, nosso PIB está alto.

E nosso déficit comercial com a China atingiu o ponto mais baixo em mais de uma década.

Estamos nos posicionando contra as práticas econômicas injustas da China

E defendendo a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.

Tenho renovado nossas parcerias e alianças no Pacífico.

Tenho garantido que as tecnologias americanas mais avançadas não sejam utilizadas em armas da China.

Francamente, apesar de todo seu discurso duro sobre a China, nunca ocorreu a meu antecessor fazer isso.

Queremos competição com a China, mas não conflito.

E estamos em uma posição mais forte para vencer a competição do século 21 contra a China ou, por sinal, quem quer que seja.