Os ataques de 11 de Setembro, atribuídos a uma "conspiração islâmica" pela administração Bush, foram interpretados como a primeira manifestação de um "choque de civilizações", tanto na Europa como nos Estados Unidos.

Assim, o mundo muçulmano-árabe teria empreendido uma guerra contra o mundo judaico-cristão. Não haveria mais nenhuma solução senão a vitória de um sobre o outro: o triunfo do islão e a imposição de um califado mundial (quer dizer, um império islâmico), ou a vitória dos "valores americanos" compartilhados por um islão moderno num mundo globalizado.

Uma doutrina apocalìptica

A conspiração islâmica e a teoria do choque de civilizações propõem uma explicação holística do mundo, e estabelecem uma ordem mundial depois do desaparecimento do União Soviética. Não existe já a confrontação leste-oeste entre as duas superpotências com ideologias contraditórias, mas existe uma guerra entre duas civilizações ou, melhor dizendo, entre uma civilização moderna e uma forma arcaica de barbarismo.

Esta teoria, quando declara que o islão está em guerra contra os valores americanos, toma como certo que o islão não pode ser modernizado. Esta cultura não pode ser isolada da sociedade árabe do século VII cujas estruturas perpetuaram acima de tudo, a inferioridade das mulheres, e apenas concebe a sua expansão através da violência, ao estilo da guerra do Profeta.

Da mesma forma, esta teoria estipula que "os Estados Unidos" promovem a liberdade, a democracia e a prosperidade, que encarna a modernidade e representa o nível mais alto de progresso, o fim da História.

Sendo assim, o 11 de Setembro de 2001 foi a primeira batalha desta guerra de civilizações, como foi Pearl Harbor — para os Estados Unidos — a primeira batalha da segunda guerra mundial. Quer dizer, esta guerra não tem qualquer semelhança com as guerras anteriores.

Durante as primeiras duas guerras mundiais, as coligações militares tiveram que travar combates titânicos. Durante a guerra fria, os combates militares estiveram limitados a áreas periféricas ou a conflitos de baixa intensidade (as guerrilhas), enquanto o confronto central opôs as duas superpotências do ponto de vista ideológico. Durante a IV guerra mundial que acaba de ter início, as batalhas militares clássicas foram substituídas por guerras assimétricas: uma única potência, líder de todos os outros Estados, combate um não-Estado terrorista omnipresente.

Porém, esta não é tanto uma guerra entre um Estado despótico e grupos de resistência armada, mas será mais uma insurreição das democracias contra a tirania islâmica que oprime o mundo árabe muçulmano numa tentativa para impor um califado mundial.

Esta luta entre o Bem e o Mal, tem o seu ponto de cristalização em Jerusalém. Estará lá no mesmo lugar, depois do Armagedon, aquando do regresso de Cristo, que anunciará o triunfo do "destino manifesto" dos Estados Unidos, "a única nação livre na Terra" confiado pela Divina Providência para derramar a "luz de progresso sobre o resto do mundo". Assim, o apoio incondicional para com Israel contra o terrorismo islâmico, constitui um dever patriótico e religioso de todo cidadão americano, ainda que os judeus só possam atingir a salvação através da sua conversão ao cristianismo.

O contexto

Este tipo de abordagem da conspiração islâmica e da teoria do choque de civilizações é, sem qualquer dúvida, um exagero. Pelo contrário, aquilo que os partidos políticos americanos e os meios de comunicação social têm vindo a disseminar, relativamente àquelas ideias, é tido como absolutamente verdade. Claro que, seria bom que cada um de nós pudesse conhecer mais, sobre os preconceitos e a coerência irracional que estão na sua origem.

Os conceitos de mundo muçulmano-árabe e de mundo judaico-cristão são eles próprios pouco claros. Originalmente, o termo "judaico-cristão" não se referia a todos os judeus e cristãos, mas apenas a um grupo reduzido de cristãos originais que ainda eram judeus, antes da separação entre a Igreja e a Sinagoga. Mas, no fim dos anos sessenta, isto é, depois dos Estados Unidos estarem mais próximos de Israel, e depois da guerra dos seis dias, este termo assumiu um significado político. Desde então passou a estar relacionado com o bloco da NATO, o Ocidente, em oposição ao bloco soviético, conhecido como o Leste.

Neste momento, verifica-se uma reciclagem dos conceitos. Hoje, o Ocidente é, mais ou menos, igual ao que era antes, enquanto o Leste (bloco soviético) já não é o adversário, mas sim o Médio Oriente. Estes conceitos não têm nada que ver com geografia ou com a cultura, mas apenas com a propaganda.

Assim, a Austrália e o Japão são Ocidentais do ponto de vista político, como os dois Estados europeus cuja população é muçulmana: a Turquia e a Bósnia Herzegovina. E existe ainda outro problema importante: em muitos Estados, principalmente ao redor do mediterrâneo, é actualmente impossível distinguir a civilização judaico-cristã da civilização muçulmano-árabe.

Desta forma, a guerra de civilizações significa o lançamento de guerras civis para dividir as populações. Deste ponto de vista, a Jugoslávia constitui uma experiência bem sucedida. A luta para a implementação do projecto de separação implicou a erradicação do idealismo secular. Sendo assim, será inevitável a longo prazo, que a República Francesa [1] se venha a constituir na resistência estrutural mais importante no interior do bloco ocidental.

Por outro lado, o preconceito pelo qual o islão é incompatível com a modernidade e a democracia, pressupõe uma grande ignorância. A expressão "mundo muçulmano-árabe" enfatiza que o islão é actualmente mais inclusivo do que a visão estreita que nós temos do mundo árabe. Poucos americanos sabem que a Indonésia é o primeiro Estado muçulmano do mundo. Podemos dizer com razoabilidade que o Abu Dabi e o Dubai não são tão modernos quanto o Kansas? Podemos afirmar sinceramente que o Bahrain não é tão democrático quanto a Flórida? Um dos mecanismos deste discurso é associar o islão com o século VIII árabe. Mas, associamos nós o cristianismo ao Médio Oriente do Tempo Antigo?

Correlacionando, conclui-se que esta teoria está baseada na convicção nos "valores americanos". Na realidade esta é uma convicção simplista porque, como é que podemos ter uma imagem tão elevada de um país cuja constituição não reconhece a soberania popular, cujo presidente não foi eleito mas sim designado; onde a corrupção entre parlamentares não é proibida mas sim regulada; onde um prisioneiro é mantido em prisão solitária sem acusação; com um campo de concentração no território cubano de Guantanamo; que impõe penas de morte e tortura; onde os donos de jornais importantes recebem ordens semanais da Casa Branca; que larga bombas sobre a população civil no Afeganistão; que sequestra um presidente eleito democraticamente no Haiti; que financia os mercenários para derrotar os governos democráticos na Venezuela e Cuba etc?

Em suma, esta teoria está muito associada a um pensamento religioso apocalíptico. A revolução americana é um movimento complexo onde diferentes ideologias se fundem. Mas, no fim, não é mais do que um projecto religioso que esteve na base da fundação dos Estados Unidos, e hoje, este é o projecto religioso que a actual administração americana deve defender.

O juramento de lealdade, aplicado desde a guerra-fria, e actualmente posto à prova no Supremo Tribunal, insinua que para se ser um cidadão americano, tem de se acreditar em Deus. George W. Bush chegou à Casa Branca com a sua fé cristã como programa político, sustentando convicções fundamentalistas, segundo as quais o género humano foi criado apenas há alguns milhares de anos atrás, não considerando a teoria da evolução das espécies. Na Casa Branca, ele estabeleceu uma Agência de Iniciativas baseada na fé.

O secretário de estado da justiça John Ashcroft, repetiu o lema "Nós não temos outro rei que não seja Jesus". O secretário de Estado da Saúde impôs programas profilácticos em nome das convicções religiosas. O secretário de Estado da Defesa incluiu missionários da igreja de Graham nas forças de coligação enviadas para o Iraque com o propósito de converter a população daquele país.

Há muitos outros exemplos como estes que nos levam a desejar saber se os Estados Unidos são efectivamente um país moderno, um país aberto e tolerante, ou se são sim, a encarnação do sectarismo e do arcaísmo.

A origem do conceito

Bernard Lewis

O "choque de civilizações", expressão surgida pela primeira vez em 1990 num artigo do especialista do Médio Oriente, Bernard Lewis, generosamente intitulado "As raízes de raiva muçulmana" [2] , estabelece a ideia de que o islão não tem nada bom e que a amargura que isso causa entre os muçulmanos transforma-se em raiva contra o Ocidente. Não obstante, a vitória está garantida, assim como a "libanização" do Médio Oriente e o fortalecimento de Israel.

Bernard Lewis, que hoje tem 88 anos, nasceu no Reino Unido e especializou-se como jurista e perito em islamismo. Durante o Segunda Guerra Mundial, trabalhou nas agências de inteligência militar e no gabinete para os assuntos árabes do Ministério Britânico de Relações Exteriores. Nos anos sessenta tornou-se um importante perito consultado pelo Real Instituto dos Negócios Internacionais, onde foi considerado um excelente especialista em intervenção humanitária britânica no império otomano e um dos últimos defensores do império britânico.

Patrocinado pela CIA, ele participou no Congresso para Liberdade Cultural, onde lhe foi confiado o projecto de escrever um livro intitulado "O Médio Oriente e o Ocidente" [3] . Em 1974, mudou-se para os Estados Unidos. Tornou-se professor em Princeton e adoptou a cidadania americana. Nessa altura era conselheiro de Zbigniew Brzezinski, que por sua vez, era conselheiro de Segurança Nacional sob a administração do presidente Carter. Em conjunto, conceberam a base teórica do "arco de instabilidade" e planearam a desestabilização do governo comunista do Afeganistão.

Em França, Bernard Lewis era membro da Fundação Saint-Simon de acompanhamento da NATO, para a qual produziu em 1993 um folheto intitulado "Islão e democracia", cuja publicação originou uma entrevista para o jornal francês Le Monde. Naquela entrevista, ele conseguiu negar o genocídio cometido contra os arménios, tendo-lhe sido por esse motivo movido um processo judicial. [4]

No entanto, o conceito de "choque de civilizações" foi evoluindo rapidamente; do discurso neocolonial baseado na tónica da supremacia branca, para a descrição de uma confrontação mundial cujo resultado seria incerto. Este novo significado deveu-se ao professor Samuel Huntington que, contrariamente ao que se possa pensar, não foi um perito islâmico, mas sim um estratega. Huntington desenvolve esta teoria em dois artigos — "O choque de civilizações?" e "O Ocidente único, não universal" — e um livro originalmente intitulado "O choque de civilizações e o refazer da Ordem Mundial". [5]

Já não se trata de combater os muçulmanos, mas sim de um combate prévio antes do combate com o mundo chinês. Como no mito da fundação de Roma, os Estados Unidos têm de eliminar os seus adversários um por um para alcançar a vitória final

Samuel Huntington

Samuel Huntington é um dos intelectuais mais importantes dos tempos actuais, não porque o seu trabalho seja rigoroso e brilhante, mas sim porque constituiu a fundação ideológica do fascismo moderno.

No seu primeiro livro intitulado "O Soldado e o Estado", publicado em 1957, ele tenta provar que existe uma instituição militar ideologicamente unida, enquanto as instituições civis são politicamente divididas. [6] Assim, ele desenvolve o conceito de uma sociedade na qual seriam eliminados os regulamentos comerciais, colocando o poder político nas mãos das multinacionais, e sob a tutela da Guarda Pretoriana.

Em 1968, ele publicou "A Ordem política nas sociedades em transformação", uma tese onde afirma que os regimes autoritários são os únicos capazes de modernizar os países do Terceiro Mundo. [7] Secretamente, ele participou na criação do grupo de reflexão (think tank) que submeteu um relatório ao candidato presidencial, Richard Nixon, onde se proponha o reforço das acções secretas da CIA. [8]

Em 1969-1970, Henry Kissinger, que tinha uma propensão por acções secretas, exerceu influência para ele ser designado como membro de um grupo de trabalho, especificamente nomeado pelo presidente, para o Desenvolvimento Internacional. [9] Huntington defendia a necessidade de um jogo dialéctico entre o Departamento de Estado e as multinacionais; o primeiro teria que exercer pressão sobre os países em desenvolvimento, no sentido de adoptarem legislações liberais e abandonarem as nacionalizações, enquanto as multinacionais deveriam transferir para o Departamento de Estado o seu conhecimento sobre os países onde desenvolviam as suas actividades. [10]

Ele torna-se então membro do Centro Wilson e cria a revista Foreign Policy. Em 1974, Henry Kissinger designou-o membro do Comitê das Relações Latino-Americanas. Huntington participou activamente na entronização de Augusto Pinochet no Chile e de Jorge Rafael Videla na Argentina. Ali, tentou pela primeira vez o seu modelo social, e demonstrou que uma economia não-regulada seria compatível com uma ditadura militar.

Ao mesmo tempo, o seu amigo Zbigniew Brzezinski apresentou-o a um círculo privado: a Comissão Trilateral. Uma vez integrado nesta Comissão, ele elaborou um relatório intitulado "A Crise da Democracia", [11] onde promove uma sociedade mais elitista que limitaria o acesso às universidades e à liberdade de imprensa.

Quando Jimmy Carter se libertou dos membros das administrações Nixon e Ford, Brzezinski, agora consultor da Segurança Nacional, ajudou o amigo Huntington, que na altura pretendia permanecer na Casa Branca, com o objectivo de desempenhar o papel de coordenador do Conselho de Segurança Nacional.

Durante este período, Huntington encetou uma colaboração activa com Bernard Lewis e concebeu a necessidade prévia de dominação das zonas produtoras de petróleo e politicamente instáveis, antes de um eventual ataque à China comunista. Embora isto não fosse, para já, um "choque de civilizações", na realidade era bastante semelhante.

Mas o professor Samuel Huntington foi forçado a enfrentar um escândalo incómodo. De acordo com notícias correntes, a CIA estava a pagar-lhe para publicar artigos em revistas universitárias, justificando as acções secretas desenvolvidas por aquela agencia, com o objectivo de assegurar a ordem em países onde um ditador amigo tivesse desaparecido ou falecido repentinamente. Quando o escândalo foi esquecido, Frank Carlucci designou-o como membro do Conselho de Segurança Nacional e da Comissão Integrada do Departamento de Defesa para a Estratégia a Longo Prazo. [12]

O seu relatório, serviu como justificação para o programa "Guerra das Estrelas". Hoje, o professor Huntington dirige a Casa da Liberdade, uma associação anticomunista encabeçada pelo anterior director da CIA, James Woolsey.

Jerusalém e Meca

Laurent Murawiec

A teoria do choque de civilizações cristalizou-se nos aspectos religiosos. O controle judaico-cristão de Jerusalém é um talismã exigido para a vitória global. Se o Ocidente perder a Cidade Santa, perderá também a força para cumprir o seu destino manifesto, a sua missão divina. Da mesma forma, se os muçulmanos perderem o controle de Meca, a sua religião desmoronar-se-á. Claro que isto não tem nada de racional, mas estas superstições estão presentes na imprensa popular americana e fazem parte também de uma forma de discurso político bem-concebido.

No dia 10 de Julho de 2002, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz convocaram a reunião quadrimestral do Comité Consultivo da Política de Defesa. [13] Só doze membros compareceram à reunião. Os participantes ouviram a comunicação apresentada por um perito francês da "Rand Corporation", Laurent Murawic, intitulada "Expulsar os Sauditas da Arábia". A conferência foi dividida em três partes, compreendendo a projecção de 24 diapositivos. Primeiramente, Murawiec reintroduziu a teoria de Bernard Lewis: o mundo árabe esteve sujeito a uma crise durante dois séculos. Não pôde levar a cabo uma revolução industrial nem uma revolução tecnológica.

Este fracasso provoca uma frustração, que se converte numa "fúria" contra o mundo ocidental, em especial, porque os árabes não conhecem o debate, uma vez que na sua cultura, é a violência apenas, que está na base da sua habitual prática política. Desse ponto de vista, os ataques de 11 de Setembro não são mais do que uma expressão sintomática do seu grande descontentamento.

Na segunda parte, Murawiec descreve a família real saudita como incapaz de controlar a situação. Os sauditas desenvolveram uma interpretação "wahabista" do mundo, com o objectivo de combater o comunismo e a revolução iraniana, tendo actualmente perdido o controlo da situação que eles próprios criaram.

Por último, o conferencista propõe uma estratégia: Os sauditas detêm o petróleo (finalmente chagámos ao fundo da questão), os petro-dólares e a custódia dos lugares santos. Eles são o único centro, ao redor do qual gravita o mundo árabe. Livrando-se deles, os Estados Unidos podem controlar o petróleo que necessitam para a sua economia, podem controlar o dinheiro que provém do petróleo, e que erradamente foi pago no passado, e acima de tudo, poderão obter o controlo dos lugares santos, ou seja, da religião muçulmana. Após o desmoronamento do islão, Israel poderia levar a cabo a anexação de Egipto.

Laurent Murawiec foi consultor de ministro francês da Defesa Jean-Pierre Chevènement e deu cursos na Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais (EHESS, no acrónimo francês). [14] Durante muitos anos foi consultor de Lyndon LaRouche, e repentinamente abandonou-o, unindo-se aos neoconservadores. Hoje. é perito no Instituto Hudson de Richard Perle, e colabora no Fórum Médio Oriente com Daniel Pipes.

Esta reunião fez muito "ruído". O embaixador árabe saudita exigiu uma explicação, e foi pedido ao Sr. Perle, seu organizador, para no futuro ser mais discreto. Murawiec foi convidado a abandonar a Rand Corporation. Em todo caso, a reunião fora convocada por Rumsfeld e Wolfowitz, que estavam completamente a par das eventuais consequências. Tratava-se, no fundo, de uma tentativa para avaliar até onde o Pentágono poderia ir.

Tradução
Resistir.info

Tradução de MJS.

[1Aqui estabelecemos uma diferença entre a República Francesa como uma ideia e França como um Estado-Nação.

[2"The Roots of Muslim Rage" por Bernard Lewis, Atlantic Monthly, Setembro 1990.

[3The Middle East and the West, por Bernard Lewis, Weidenfelds & Nicholson, 1963.

[4Ver "Affaire Forrem de Associations arméniennes de Franco & LICRA contra Berrando Lewis" [Case of France Armenian Associations Forum and LICRA against Bernard Lewis], 21 de Dezembro, tribunal 1995, 17ª Câmara do TGI em Paris.

[5"The Clash of Civilizations?" and "The West Unique, Not Universal", Foreign Affairs, 1993 e 1996; The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order, 1996.

[6The Soldier and the State por Samuel Huntington, Harvard University Press, 1957.

[7Political Order in Changing Societies por Samuel Huntington, Yale University Press, 1968

[8O grupo era composto por Francis M. Baton, Richard M. Bissell, Roger D. Fisher, Samuel Huntington, Lyman Kirkpatrick, Henry Loomis, Max Milliken, Lucien W. Pye, Edwin O. Reischauer, Adam Yarmolinsky e Franklin Lindsay.

[9Presidential Task Force on International Development, presidido por Rudolph Peterson.

[10The United States in Changing Wold Economy, US Government Printing Office, 1971.

[11The Crisis of Democracy por Crozier, Huntington e Watanuky, New York Press University, 1975.

[12Commission on Integrated Long-Term Strategy. Ela inclui Charles M. Herzfeld, Fred C. Iklé, Albert J. Wohlstetter, Anne Armstrong, Zbigniew Brzezinski, William P. Clark, W. Graham Claytor, Jr, General Andrew J. Goodpaster, Admiral James L. Holloway. III, Samuel P. Huntington, Henry A. Kissinger, Joshua Lederberg, e Generals Bernard A. Schriever e John W. Vases.

[13Encabeçado por Richard Perle, o Comité Consultivo da Política de Defesa inclui Adelman, Richard V. Allen, Martin Anderson, Gary S. Becker, Barry M. Blechman, Harold Brown, Eliot Cohen, Devon Cross, Ronald Fogleman, Thomas S. Foley, Tillie K. Fowler, Newt Gingrich, Gerald Hillman, Charles A. Horner, Fred C. Ikle, David Jeremiah, Henry Kissinger, William Owens, J. Danforth Quayle, Henry S. Rowen, James R. Schlesinger, Jack Sheehan, Kiron Skinner, Walter B. Slocombe, Hal Sonnenfeldt, Terry Teague, Ruth Wedgwood, Chris Williams, Pete Wilson e R. James Woolsey, Jr.

[14Criado depois da Libertação Francesa sob a inspiração da CIA, a EHESS deveria actuar como contraparte do CNRS debaixo da influência comunista. Mesmo hoje, esta escola é financiada generosamente na Fundação franco-americana (French-American Foundation).