Thierry Meyssan
Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: Sous nos yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump. Outra obras : L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación (Monte Ávila Editores, 2008).
6847 artigos


O estado de saúde do Presidente Biden não lhe permitirá governar. Desde logo, um grupo de militantes prepara as suas decisões. Bastante longe das suas promessas eleitorais, ele assinou decretos representativos da cultura « woke » que o afastam da maioria dos seus concidadãos. No entanto, isso nada significa, os grupúsculos de extrema-esquerda já se manifestaram contra ele. Os Estados Unidos mergulham na divisão.

Tudo tem um fim, os impérios também, o dos Estados Unidos como o da União Soviética. Washington escandalosamente favoreceu uma pequena camarilha de ultra-bilionários. Agora, tem de enfrentar os seus velhos demónios, preparar-se para as secessões e a Guerra Civil.

A tomada do Capitólio pelos partidários do Presidente Trump é apresentada como uma tentativa de Golpe de Estado, quando este ainda está na Casa Branca. Vendo melhor, poderá ser o contrário. A liberdade de expressão acaba de ser confiscada por um Poder ilegítimo, em proveito de Joe Biden.

Se Joe Biden for entronizado presidente dos Estados Unidos, poderá vir a apoiar os projectos dos presidentes iraniano e turco. Poderá favorecer a constituição de um império regional iraniano no Levante e de um império regional turco no Cáucaso, ambos em detrimento da Rússia. Thierry Meyssan examina aqui as mudanças acontecidas no Irão.

Com a invenção da imprensa, inúmeros autores contestaram os a priori da sua época. Foram necessários quatro séculos de lutas para que o Ocidente acabasse por garantir a liberdade de expressão. No entanto, com a invenção da Internet a qualidade de autor democratizou-se e a liberdade de expressão foi imediatamente posta em causa. Serão precisos talvez vários séculos para absorver este choque e restabelecer esta liberdade. Enquanto isso, a censura está de volta.

Se a destruição de cinco Estados do Médio-Oriente Alargado no decurso das duas últimas décadas foi conseguida graças a guerras mortíferas, a do Líbano foi realizada pelos próprios Libaneses, sem se darem conta. A resistência impotente viu o país afundar-se. Com efeito, é possível ganhar uma guerra sem ter que combater.

O problema já não é saber quem foi legitimamente eleito presidente dos Estados Unidos, mas quanto tempo se poderá adiar a guerra civil ? Longe de ser um combate entre um apresentador de televisão narcísico e um velho senil, o país dilacera-se sobre uma questão cultural fundamental latente desde a sua criação.

Ninguém contestou as regras da OTAN durante a Guerra Fria, salvo a França. Mas em vista das suas derivas desde 2001, todos os seus membros (salvo a Turquia) procuram deixá-la, incluindo os EUA para quem ela é todavia indispensável. O relatório interno sobre aquilo que ela deveria vir a ser ilustra as suas contradições e a dificuldade em reformá-la.

A graça outorgada pelo Presidente Trump ao seu antigo Conselheiro de Segurança Nacional, o General Michael Flynn, parece ser um apoio a QAnon ; um grupo que parece estar ligado a este. Tal como o despedimento de chefes do Pentágono parece servir os objectivos do General Flynn.

O Pentágono que havia planificado a guerra do Alto Carabaque foi dobrado pelos seus aliados britânicos. Mas, nenhuma das grandes potências se preocupou quanto aos mortos que provocaria. De resto, se Londres e Ancara renovaram a sua aliança histórica, Washington e Moscovo nada ganharam, e Georges Soros e os Arménios ficaram a perder muito.

Em plena contestação dos resultados da eleição presidencial, o Presidente Donald Trump começou a purgar o Pentágono dos chefes da rebelião. Primeiro visado, o Secretário da Defesa, o qual não cessou de mentir a fim de esconder os reais objectivos dos oficiais generais.

O resultado da eleição presidencial norte-americana marca o triunfo, não dos Democratas e de um Senador senil, mas da corrente puritana face aos Jacksonianos. Ele não reflecte em nada as opiniões políticas dos cidadãos norte-americanos e esconde a crise civilizacional em que o país mergulha.

Erradamente acusa-se o Presidente Erdoğan de querer restabelecer o Império otomano. Para ele, as conquistas territoriais não são um fim, mas um meio de estabelecer alianças. Após longas hesitações, pensa fazer-se proclamar não sultão, mas califa, e assim tornar-se o chefe dos sunitas do mundo inteiro.

Os Franceses ficaram a saber com estupefacção que o seu governo considera uma medida de ordem pública, um recolher obrigatório, como sendo eficaz para prevenir uma epidemia. Tendo toda a gente compreendido que nenhum vírus faz pausas de acordo com horários fixados por decreto e dado os muitos erros precedentes, coloca-se a questão que incomoda, um recolher obrigatório para quê?

Artigos mais populares