O Presidente Abdel Fattah al-Sisi apresentou as desculpas do Estado Egípcio aos cristãos coptas aquando da celebração de Natal, a 6 de janeiro de 2016, na Catedral Ortodoxa de São Marcos de Abbassia.

Durante o período de governo da Irmandade Muçulmana uma dúzia de igrejas coptas foram queimadas. O Presidente comprometeu-se na sua reconstrução e a apagar as (más) lembranças da ditadura de Mohamed Morsi.

Dirigindo-se ao patriarca de toda a África e da prelatura de São Marcos, o Papa Theodoros II de Alexandria, declarou: «Nesta ocasião devo exortar-vos a todos: — não permitam que ninguém nos separe. Nada nos poderá deitar abaixo, seja no plano económico ou político. Poderemos superar seja o que fôr, salvo se estivermos divididos(...) Deus criou-nos diferentes, em termos de religião, de costumes, de cor, de língua, de hábitos, de tradições, e ninguém nos pode forçar a um único modelo (...) Nós levamos muito tempo para reparar e renovar as igrejas que foram queimadas. Durante este ano tudo ficará pronto. Por favor, aceitem as nossas desculpas pelo que aconteceu. Se Deus quiser no próximo ano não haverá uma única igreja, ou uma casa, que não tenha sido reconstruida (...) Nós jamais poderemos esquecer a posição que vós e o Papa tomaram durante este período. Obrigado a todos. Feliz Natal.»

Eleito, apesar de 53% de abstenção e de uma fraude generalizada, a 17 de junho de 2012, Mohamed Morsi, um duplo nacional egípcio-americano, comprometera-se a organizar um governo aberto. Mas, entretanto impôs, rapidamente,

uma ditadura em favor exclusivo da Irmandade Muçulmana. Os Cristãos foram, então, perseguidos, enquanto a sharia se tornava a referência de numerosos tribunais. Em última análise, todos os partidos políticos incluindo os salafistas, à excepção dos Irmãos Muçulmanos, apelaram ao exército para a derrubar, o que foi feito na noite de 3 para 4 julho de 2013. Desde essa data o exército tem travado um combate feroz contra a Irmandade e em favor da neutralidade do Estado.

Tradução
Alva