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Desde a governação de Silvio Berlusconi, a Itália tenta aproximar-se da Rússia com a qual tem muitos interesses em comum. No entanto, o compromisso nunca conduz a medidas concretas importantes, devido à Itália ser membro da NATO e, como tal, forçada a ser inimiga da Rússia.

Os mercados e a União Europeia estão em alarme, a oposição está ao ataque, o apelo do Presidente da República à Constituição, tudo porque a anunciada manobra financeira do governo resultaria num déficit de cerca de 27 biliões de euros. No entanto, silêncio absoluto, tanto no governo como na oposição, sobre o facto de que a Itália gasta num ano uma quantia análoga para fins militares. A verba de 2018, é de cerca de 25 biliões de euros, à qual se junta outros elementos de carácter militar, elevando-a para (...)

As primeiras já foram cortadas, as outras estão marcadas com tinta: são 937 árvores a ser cortadas na área natural “protegida” do Parque Regional de San Rossore, entre Pisa e Livorno. É o primeiro "dano colateral" da reorganização maciça, iniciada nos últimos dias, da infraestrutura de Camp Darby, o maior arsenal dos EUA no mundo fora da pátria . Mesmo se o comando USA prometer tornar a plantar mais árvores do que as que foram cortadas, a construção de uma via férrea e de outra infraestrutura, (...)

A seguir à Segunda Guerra Mundial, as tropas aliadas ocuparam o continente europeu. Se a França e a Rússia se retiraram, hoje, os Estados Unidos da América e o Reino Unido conservam aí uma parte das suas tropas. Desde há um ano, o Pentágono, prevendo uma guerra mundial contra a China e contra a Rússia, utiliza as suas numerosas bases em Itália para aumentar, de maneira maciça, o armazenamento das suas armas na Europa, incluindo bombas atómicas.

Recebendo o Primeiro-ministro italiano, Guiseppe Conte, em 21 de Julho de 2018, o Presidente Donald Trump confirmou publicamente que reconhecia a preeminência da Itália na Líbia.
Ao fazê-lo, a Casa Branca minava os esforços do Eliseu de se apropriar do petróleo líbio.
Durante a guerra da Administração Obama contra a Líbia, o então Primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi a única figura ocidental a tentar defender Muammar Kaddafi. Ele acabou sendo chamado à ordem pelo seu Parlamento e pelo (...)

Os dirigentes da República Italiana não organizaram um grande desfile militar para celebrar o 72º aniversário do regime. O mesmo não é desejável, visto que a Itália – em violação da sua Constituição – está discretamente implicada em 20 teatros de operações bélicas no mundo e continua a expandir as suas missões em benefício da OTAN/NATO, isto é, a favor dos Estados Unidos.

Contrariamente à la manieira como se apresenta, o novo «Governo da Mudança» italiano não é, de modo algum, «anti-sistema» : é claro que põe em causa o funcionamento da União Europeia, mas de modi algum, sobretudo, a sua vassalagem aos Estados Unidos através da NATO. As estruturas mantém-se, as declarações sobre a aproximação à Rússia, por exemplo, serão letra-morta.

Manlio Dinucci faz o balanço de setenta anos de relações entre a Itália, de uma parte e os Estados Unidos e a NATO, de outra. Deixando de parte a questão do terrorismo de falsa bandeira, organizado pela Aliança no solo italiano, durante os anos de activismo político violento, ele só salienta o compromisso e implicação dos exércitos italianos em nome de seu “aliado”; uma História que fala por si mesma.

O Governo, que no período eleitoral continua responsável pela “resolução dos assuntos actuais”, está prestes a assumir outros compromissos vinculativos na NATO em nome da Itália. Serão oficializados no Conselho do Atlântico Norte, que acontece de 14 a 15 de Fevereiro, em Bruxelas, a nível dos Ministros da Defesa (para a Itália, Roberta Pinotti).
A agenda ainda não foi anunciada. No entanto, já está escrita na “National Defense Strategy 2018”, que o Secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, lançou em 19 de (...)

O que aconteceria se caças bombardeiros russos, Sukhoi Su 35, introduzidos no aeroporto de Zurique, a cerca de dez minutos de voo de Milão, patrulhassem a fronteira com a Itália sob o pretexto de proteger a Suíça da agressão italiana? Em Roma, todo o Parlamento insurgir-se-ia, exigindo diligências diplomáticas e militares imediatas.
Por outro lado, o mesmo Parlamento aceita e, essencialmente, mantém em silêncio a decisão da NATO de colocar 8 aviões italianos de combate, Eurofighter Typhoon, na base (...)

Há grandes obras em curso, no nosso território, de norte a sul. Não são as do Ministério das Infraestruturas e Transportes, das quais todos discutem, mas as do Pentágono que ninguém aborda. No entanto, elas são pagas, em grande parte, com o nosso dinheiro e envolvem riscos crescentes para nós, italianos.
No aeroporto militar de Ghedi (Brescia) , começa o projecto de mais de 60 milhões de euros, a cargo da Itália, para a construção de infraestrutura para alojar 30 aviões americanos F-35, comprados pela (...)

Os governantes europeus – desde a representante dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, Mogherini, ao Primeiro Ministro, Gentiloni, desde o Presidente Macron à Chanceler Merkel – distanciaram-se, formalmente, dos Estados Unidos e de Israel sobre o estatuto de Jerusalém. Será que se está a criar uma fractura entre os aliados?
Os factos demonstram o contrário. Pouco antes da decisão de Trump sobre Jerusalém, a capital de Israel, quando a mesma já estava pré-anunciada, ocorreu o Blue Flag 2017, o (...)

Os habitantes do bairro de Centocelle, em Roma, protestam com razão sobre o impacto da construção doPentágono italiano, no parque arqueológico e na sua área verde (il manifesto, 29 de outubro). Há, no entanto, outro impacto, muito mais grave, que fica em silêncio: o da Constituição italiana.
Como já documentado , o projecto de reunir os vértices de todas as forças armadas numa única estrutura, cópia em miniatura do Pentágono dos EUA, é parte integrante da «revisão do Modelo Operacional das Forças (...)

Na véspera do início do Tratado de Proibição das Armas Nucleares, na Câmara dos Deputados, em 19 de Setembro, foi aprovada pela grande maioria (296 contra 72 e 56 abstenções), uma moção PD (abv. de Partido Democrático) assinada por Moscatt e outros. A mesma moção obriga o Governo a “continuar a perseguir o objectivo de um mundo sem armas nucleares através da posição importante do Tratado de Não Proliferação (TNP), considerando, compativelmente com os assuntos obrigatórios na sede da Aliança Atlântica, a (...)

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