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A empresa do Facebook concordou em deixar entrar funcionários franceses na sua célula de censura, anunciou o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Este anúncio foi feito por ocasião do Fórum Internacional sobre Governança da Internet, a 12 de Novembro de 2018, na UNESCO (Paris). A duração deste compromisso é de seis meses.
O facto da censura da Net poder ser controlada por um governo no próprio seio de uma plataforma levanta muitas questões em matéria de liberdades públicas.
O Facebook France é (...)

Os governos europeus hipócritamente alegam que o mandato conferido à Comissão Europeia para negociar um comércio transatlântico e acordo de parceria de investimento com Washington cai no âmbito do direito europeu. Na verdade, como ocorreu com acordos anteriores, como o Swift, o dos dados relacionados a passageiros aéreos, e o da evasão fiscal, a Comissão tem sido aconselhada a suspender a aplicação do direito europeu ao negociar com os Estados Unidos. Conseqüentemente, as negociações ascendem a decidir as áreas em que os europeus já não serão protegidos por seus respectivos Estados.

No final da Guerra Fria, um escândalo sacudiu as universidades nos Estados Unidos: professores renomados e laboratórios de pesquisa foram secretamente financiados pelo Pentágono. Por um lado, os pareceres de peritos foram contaminados e, por outro lado, suas pesquisas foram encaminhadas para aplicações militares. Essa época está de volta: o Pentágono agora é o principal patrocinador das ciências sociais nos Estados Unidos. Ele visa principalmente compreender como os cidadãos se envolvem em um movimento político a fim de manipulá-lo e controlá-lo.

É com grande hipocrisia que os governos europeus afirmam ter dado um mandato à Comissão Europeia para negociar a parceria transatlântica com Washington, em conformidade com a lei europeia. Na verdade, tal como no Swift anterior, nos dados sobre os passageiros aéreos e de luta contra a fraude fiscal, a Comissão foi instruída para suspender o Direito da UE nas relações com os Estados Unidos. Portanto, a negociação equivale a determinar as áreas em que os Europeus não serão mais protegidos pelos seus estados.

Por ocasião do golpe de Estado na Ucrânia surge o facto que várias associações da oposição pró-americana (pró-estadounidense-Br) foram co-financiadas pelo Departamento de Estado e pelo multimilionário irano-franco-americano Pierre Omidyar, fundador do Ebay.
O senhor Omidyar fez chegar vários centos de milhares de dólares às associações New Citizen, Chesno, Center UA e Stop Censorhip.
No entanto, a 19 de dezembro de 2013, Pierre Omidyar anunciou que estava pondo 50 milhões de dólares à (...)

(Foto : Sir Ian Lobban, director do GCHQ)
Segundo um documento interno da National Security Agency (inglês, Agência de Segurança Nacional-ndT) revelado por Edward Snowden, o GCHQ (o serviço de inteligência britânico encarregue da intercepção das comunicações) intercepta e entrega aos Estados Unidos as imagens de vídeo de milhões de conversas privadas realizadas através do Yahoo.
O documento precisa que entre um 3 e um 11% das imagens assim obtidas pelos agentes de Sua Majestade são de (...)

O Gabinete Federal de Investigação(em Inglês, Federal Bureau of Investigation-ndT) (FBI), cujo objectivo era até aqui, prioritáriamente, o de aplicar a lei, quer dizer de lutar contra o crime, oficialmente mudou. Trata-se agora de garantir a segurança nacional dos Estados Unidos.
Criado inicialmente para averiguar os litígios relativos ao comércio entre Estados, no conjunto do país, o FBI tornou-se, durante as duas guerras (mundiais-ndT), ao mesmo tempo tanto uma polícia judiciária de (...)

A existência dos programas de vigilância que os Estados Unidos, e seus aliados anglo-saxões, aplicam ao mundo inteiro é por demais conhecido, desde há muito tempo. Edward Snowden não revelou portanto nada de novo. A única novidade reside mais na envergadura dessa vigilância, à qual ninguém escapa. Dura revelação para os alemães. Segundo o mapa de interseções da NSA, a Alemanha é o principal alvo da vigilância anglo-saxónica na Europa. Os alemães descobrem que o seu principal aliado, ao qual sempre se mostraram fieis, não confia neles e espia-os.

A NSA (Agência de Segurança Nacional) não tem obrigação de revelar a natureza da sua relação com Google, confirmou a justiça dos Estados Unidos em 11 de Maio de 2012.
A corte de apelo de Washington decidiu que o status especial da Agência de Segurança Nacional lhe permite de manter secreto qualquer acordo com o gigante da internet.
"Qualquer informação sobre a relação entre Google e NSA iria revelar informações confidenciais sobre a NSA", decretou a juíza Janice Rogers Brown.
Esta decisão veio em (...)

Lançamento do Google na China
A Google desafia o governo da República Popular da China: a grande imprensa de "informação" aplaude com estardalhaço o rigor moral e a coragem de uma multinacional pronta a pagar caro em termos económicos a fim de não se submeter às imposições da censura e a reafirmar o direito humano à livre informação. Na verdade, ainda que de modo muito minoritário, algumas vozes fizeram-se ouvir para pedir maior prudência: não haverá senão nobres motivações como explicação do golpe da (...)

Com o pretexto da luta “antiterrorista”, os Estados Unidos e a União Europeia deram poderes ilimitados aos serviços de informações e de polícia. Medidas de excepção, fora de qualquer prerrogativa judicial, instauradas de forma provisória em 2001, tornaram-se permanentes. Depois de Setembro 2001, pelo menos 80.000 pessoas, essencialmente de confissão muçulmana, terão sido raptadas, sequestradas em prisões secretas e torturadas por agentes da CIA. Centenas de outras foram inscritas na “lista negra” da ONU. Foi o que aconteceu ao homem de negócios Youssef Nada, 77 anos, cidadão italiano de origem egípcia. Acusado por G. W. Bush de financiar a Al-Qaeda, após duas investigações que contudo desembocaram num beco sem saída, Nada não consegue apagar o seu nome da “lista negra” (*). Os seus haveres permanecem congelados, é‑lhe proibido sair fora das fronteiras nacionais. Não pode sair de Campione – um enclave italiano em território suíço – onde Silvia Cattori foi encontrar-se com (...)

Em dezembro de 2005 os meios de comunicação revelaram que a NSA, uma agência (estadunidense) cuja missão oficial é espiar fora dos Estados Unidos, havia submetido a cidadãos estadunidenses a escutas eletrônicas. Um ano mais tarde revelaram que a mesma NSA tinha fichado milhões de comunicações e que a CIA vigiava todas as transações financeiras internacionais. Na Europa diferentes parlamentos nacionais já tinham estabelecido e legitimado, em meio à indiferença geral, uma legislação que impõe a retenção dos dados pessoais. Enquanto que nos Estados Unidos os meios de comunicação se fizeram eco deste assunto e as organizações de defesa das liberdades individuais fizeram campanha contra estas disposições sem provocar, porém, uma mobilização popular, na França e na Alemanha praticamente não suscitaram reações uns projetos de lei que permitem à policia espionar à distância o computador daquelas pessoas que considera suspeitas de terrorismo. Na entrevista concedida a Sílvia Cattori o sociólogo belga Jean-Claude Paye (...)
O fim das soberanias e das liberdades na Europa
Jean-Claude Paye : « As leis antiterroristas. Um ato constitutivo do Império »
Silvia Cattori

As leis “antiterroristas” impostas pelos Estados Unidos serviram para estabelecer os fundamentos sobre os que se constrói uma nova ordem de direito, assinala o sociólogo Jean-Calude Paye. Aplicam-se de agora em diante me todos os Estados europeus. Atualmente os serviços secretos estrangeiros podem vigiar qualquer cidadão europeu no seu própriopaís, pode se calificado de “combatente inimigo”, ser entregue a torturadores da CIA e ser julgado por comissões militares estadunidenses.

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