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CentCom : Controlo do «Grande Médio-Oriente»
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Se Joe Biden for entronizado presidente dos Estados Unidos, poderá vir a apoiar os projectos dos presidentes iraniano e turco. Poderá favorecer a constituição de um império regional iraniano no Levante e de um império regional turco no Cáucaso, ambos em detrimento da Rússia. Thierry Meyssan examina aqui as mudanças acontecidas no Irão.

Oficialmente, o Pentágono combate os Talibã no Afeganistão, mas segundo o Washington Post , em segredo arma-os.
Tratar-se-ia de os ajudar a combater um outro inimigo oficial dos Estados Unidos, o Daesh(E.I.).
No entanto, inúmeros testemunhos em vários países do «Médio-Oriente Alargado» atestam que o mesmo Pentágono que oficialmente combate o Daesh, arma-o em segredo.
Estes factos provam que o Pentágono continua a seguir a estratégia Rumsfeld/Cebrowski: provocar «guerras sem fim» que privem todos (...)

O tratado israelo-emiradense altera a retórica a propósito do Médio-Oriente e torna possível uma paz israelo-árabe. Ele interrompe as inexoráveis trincadelas nos territórios árabes por parte de Israel e estabelece relações diplomáticas entre Israel e o líder do mundo árabe. Se se quiser examinar de perto sem preconceitos uma situação onde o medo, a violência e o ódio provocam injustiças manifestas, forçoso é constatar que a iniciativa do Presidente Trump desbloqueia um conflito crispado desde há vinte e sete anos. A sua candidatura foi imediatamente apresentada ao prémio Nobel da Paz.

Para fazer a paz, é bastante simples : basta parar de se guerrear. Mas no Grande Médio-Oriente é muito mais complicado, porque tem uma multiplicidade de actores para quem uma solução, seja ela qual for, deve satisfazer reivindicações contraditórias. Nestas condições, nenhuma paz pode ser completamente justa, mas pode pelo menos, e deve, garantir a segurança de todos.

Durante o trimestre de confinamento dos Ocidentais, o mapa do Médio-Oriente foi profundamente transformado. O Iémene foi dividido em dois países distintos, Israel está paralisado entre dois Primeiros-Ministros que se detestam, o Irão apoia abertamente a OTAN no Iraque e na Líbia, a Turquia ocupa o Norte da Síria, a Arábia Saudita está próxima da falência. Todas as alianças estão postas em causa e novas clivagens surgem ou, melhor, reaparecem.

Apesar da epidemia de coronavírus, tropas emiradenses e 4.000 soldados norte-americanos realizaram um exercício conjunto, nos dias 21 e 22 de Março, numa base emiradense.
O campo de treino el-Hamra («campo vermelho») foi especificamente construído, após 2015, por US $ 78 milhões de dólares. Ele simula uma réplica de uma pequena cidade com o seu aeroporto e a sua torre de controle, a sua mesquita e a sua pequena refinaria de petróleo. Fora edificado tendo em vista um ataque ao Irão, mas hoje em dia (...)

Enquanto os Europeus e os Árabes estão absorvidos pelo coronavírus, os Anglo-Saxões mudam a ordem mundial. Sob o comando dos EUA, o Reino Unido tomou o controle da entrada do Mar Vermelho; os Emirados Árabes Unidos viraram-se contra a Arábia Saudita e infligiram-lhe uma humilhante derrota no Iémene do Sul, enquanto os Hutis faziam o mesmo no Iémene do Norte. Agora, o Iémene está cindido em dois Estados distintos e a integridade territorial da Arábia Saudita está ameaçada.

Os acontecimentos que, desde 2001, se produziram no «Médio-Oriente Alargado» seguem uma lógica implacável. A questão actual é a de saber se é chegado o momento de uma nova guerra na Turquia ou na Arábia Saudita. A resposta depende nomeadamente do relançar de hostilidades na Líbia. É neste contexto que deve ser interpretado o Protocolo Adicional negociado pelos Presidentes Erdoğan e Putin para resolver a crise de Idleb.

Desde há duas décadas, as tropas norte-americanas impõem a sua lei no Médio-Oriente Alargado. Agora, países inteiros estão privados de Estado que os defenda. Populações inteiras foram vítimas da ditadura dos islamistas. Assassínios em massa foram cometidos. Também imperaram fomes. O Presidente Donald Trump impôs aos seus generais o repatriamento dos soldados, mas o Pentágono entende prosseguir a sua campanha com os soldados da OTAN.

Por fim, deve ser mesmo a NATO que irá dominar o mundo árabe após a retirada do CentCom (Comando Central dos EUA no Médio Oriente). A Alemanha poderia desempenhar um papel de liderança no seio da Aliança.
O Secretário Geral Jens Stoltenberg espera:
1. Instalar a Aliance na Tunisia e fazer durar, eternamente, a guerra na Líbia;
2. Instalar a Aliança no Iraque e na Jordânia e fazer durar, eternament,e a guerra na Síria.
Em 1 de Fevereiro de 2020, a Turquia aproximou-se, subitamente, da NATO, da (...)

De acordo com um antigo projecto anunciado em 2013, a Alemanha conseguiu convencer o Presidente Trump a enviar tropas europeias para o Médio Oriente, sob comando da NATO. A Aliança, por sua vez, considera ser uma oportunidade para se estabelecer na região Indo-Pacífica e tornar-se uma organização mundial, sobretudo, apoiando-se na questão de Taiwan. Para preservar a sua credibilidade, a NATO deve mostrar que mantém a sua força perante a Rússia e organizará exercícios gigantescos - Defender Europe 20.

O General Qasem Soleimani (foto), comandante da força Al-Quods dos Guardiões da Revolução iraniana, foi assassinado pelos Estados Unidos no aeroporto de Bagdade, em 3 de Janeiro de 2020. Ele era considerado o melhor soldado de Forças Especiais no mundo.
Abu Mehdi al-Muhandis, número dois das Unidades de Mobilização Popular (Hashd al-Shaabi), foi igualmente eliminado durante a mesma operação. As Hashd al-Shaabi são um exército de cerca de 80. 000 Iraquianos fieis ao Irão.
Estes assassinatos seguem-se (...)

Chegada da delegação alemã ao Cairo
A Conferência sobre Segurança de Munique organiza, nos dias 25 e 26 de Outubro, no Cairo e, nos dias 27 e 28 de Outubro, em Doha, dois seminários entre dirigentes árabes e alemães.
O Egipto está —com a Síria e a Arábia Saudita— empenhado contra os Irmãos Muçulmanos, enquanto o Catar —com a Turquia e o Irão— apoia esta sociedade secreta.
O Presidente egípcio, Abd al-Fattah al-Sissi, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br) Sameh Hassan Shoukry, (...)

No Líbano, os bancos estão fechados desde há 10 dias atrás. As caixas automáticas já não estão aprovisionadas(estocadas-br). As manifestações sucedem-se por todo o país. O conjunto de eixos rodoviários está bloqueado por barreiras. Só é possível circular tomando pequenas estradas, se as conhecemos. O aeroporto está inacessível.
No Iraque, as manifestações (protestos-br) foram retomadas, particularmente nas zonas xiitas. A repressão causou mais de 200 mortos num mês. Tal como o Líbano desde 1943, o Iraque, (...)

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